Multa e portões fechados: Conmebol aplica punições ao Cerro Porteño por caso de racismo com Luighi, do Palmeiras

2025-03-10 IDOPRESS

Luighi,do Palmeiras,sofre caso de racismo na Libertadores Sub-20 — Foto: Divulgação/X/Palmeiras

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GERADO EM: 09/03/2025 - 12:49

Cerro Porteño punido por racismo: jogo sem público e multa aplicada pela Conmebol

A Conmebol puniu o Cerro Porteño após incidente racista na Libertadores Sub-20 contra Luighi,do Palmeiras. O clube jogará com portões fechados e pagará multa de 50 mil dólares. Além disso,deve promover campanha anti-racismo nas redes sociais. A presidente do Palmeiras,Leila Pereira,solicitou a exclusão do clube,mas não foi atendida. O Cerro Porteño pode recorrer em até sete dias.

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A Conmebol anunciou,neste domingo,as punições ao Cerro Porteño pelo caso de racismo com o atacante Luighi,sofrido na última quinta-feira,em jogo pela Libertadores sub-20. O clube paraguaio terá que jogar com os portões fechados durante a competição deste ano e terá que pagar uma multa no valor de 50 mil dólares (cerca de R$ 288 mil,na cotação atual).

O Cerro Porteño também terá que publicar nas redes sociais oficiais uma campanha de comunicação de conscientização contra o racismo,durante a duração desta edição da Libertadores Sub-20. Leila Pereira,presidente do Palmeiras,chegou a pedir a exclusão do clube paraguaio da competição,mas o pedido não foi acatado pela entidade.

As punições impostas pela Conmebol ainda cabem recurso e o Cerro Porteño tem um prazo de sete dias corridos a partir de amanhã.

O que aconteceu?

A partida entre Palmeiras e Cerro Porteño,pela Libertadores Sub 20,nesta quinta-feira,ficou marcada por um gesto racista contra os jogadores brasileiros,flagrado pela transmissão da TV. Um torcedor com uma criança no colo imitou um macaco em direção ao meia Figueiredo,que deixava o campo do Gunther Vogel para ser substituído.

Depois disso,Luighi também reclamou que foi alvo de ofensas racistas ao sair e avisou ao árbitro que fora chamado de "macaco". O jogo ficou paralisado por alguns minutos. O atacante de 18 anos chorou no banco de reservas,assim como no desabafo na entrevista.

— Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala,até quando? O que fizeram comigo é crime,não vai perguntar sobre isso? — disse Luighi,em resposta à pergunta do repórter da transmissão oficial da Conmebol: — Vai me perguntar sobre o jogo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? Ou a CBF,sei lá. Você não ia perguntar sobre isso né? Não ia. É um crime o que ocorreu hoje. Isso aqui é formação,estamos aqui para aprender.

Antes do pronunciamento de Leila,o Palmeiras já havia manifestado apoio a seus jogadores por meio de nota oficial,dizendo que vai até as últimas instâncias para buscar punição aos responsáveis pelo ato. Todos os clubes da Série A do Brasileiro também demonstraram apoio aos atletas do time paulista em suas redes sociais,assim como o atacante Vini Jr.,do Real Madrid,que sofre racismo com frequência nos estádios da Espanha. Ele saiu em defesa de Luighi e cobrou punições severas por parte das entidades que comandam o futebol. A Conmebol,também por meio de comunicado,repudiou os atos e prometeu "medidas disciplinares".

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