Mais recentes
-
Alta nos acidentes com moto no Rio demanda mais ação da Prefeitura
-
Sob a sombra de Trump: oposição de centro-direita vence eleições na Groenlândia, e nacionalistas avançam, segundo a mídia estatal
-
Spotify distribuiu US$ 10 bilhões em pagamentos em 2024, o maior da história da indústria musical; entenda
-
Carminha, Perpétua, Nazaré e outras vilãs de volta: atrizes vão reviver personagens em comemoração dos 60 anos da Globo
Diplomatas veem “derrota irreversível” de candidato trumpista ao comando da OEA
2025-03-06
IDOPRESS
O chanceler do Paraguai,Rubén Ramírez se e controu com Trump em novembro de 2024 — Foto: Reprodução
A derrota do ministro de Relações Exteriores do Paraguai,Rubén Ramírez Lezcano,que concorre na eleição para secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA),é considerada “irreversível” entre diplomatas de alto escalão que atuam dentro e fora do órgão. A eleição que acontece na próxima segunda-feira,reúne 32 países participantes da OEA como votantes,sendo que a maioria deles já declarou apoio ao chanceler do Suriname,Albert Ramdin.
O que Bolsonaro diz sobre apoiar Bacellar para o governo do RioAla do União quer entrar na guerra pelo posto de vice de Lula em 2026
Entre esses países está o Brasil,que na terça-feira fez um anúncio conjunto com Bolívia,Chile,Colômbia e Uruguai de suporte ao nome do surinamês. Na quarta-feira,Costa Rica,Equador e República Dominicana também emitiram um apoio conjunto ao candidato do Suriname,além de outros países que declararam a mesma intenção de maneira separada,como Guatemala e Canadá. Outros 14 países que integram a Comunidade do Caribe (Caricom) já haviam endossado a candidatura de Albert Ramdin.
Para se eleger ao comando da OEA são necessários ao menos 18 votos. Com as manifestações públicas a seu favor,o chanceler do Suriname tem mais de 20. Em paralelo,o paraguaio Rubén Ramírez Lezcano reuniu apoios declarados da Argentina e Panamá,até o momento. Apesar de ter feito uma campanha praticamente voltada para conquistar o apoio de Donald Trump,a manifestação pública dos Estados Unidos endossando seu nome ainda não veio,mesmo a poucos dias da eleição.
Em novembro,Trump chegou a receber o ministro paraguaio para discutir sua candidatura ao comando da OEA. O presidente dos EUA não chegou a se encontrar com o adversário de Ramírez Lezcano,o surinamês Albert Ramdin. O gesto foi interpretado como uma preferência ao paraguaio,mas o fato é que a declaração de apoio ainda não ocorreu.
Entre diplomatas do Itamaraty existe a avaliação de que Ramírez Lezcano pode,inclusive,decidir retirar sua indicação,diante de uma derrota iminente. Neste caso,o chanceler do Suriname seria eleito por aclamação. O mandato do vencedor vai durar cinco anos.
Membros da OEA apontam dois fatores para o mau desempenho do paraguaio. O primeiro foi ter focado sua campanha apenas na busca do apoio de Trump e na sua capacidade de reverter votos dos países caribenhos,o que não correu. O segundo foi o fato de Ramírez Lezcano ter feito apenas um encontro geral com os embaixadores da OEA e privilegiado encontros com chanceleres.
A OEA é um organismo internacional que visa aumentar a integração dos países do continente americano que atua em situações como o envio de observadores estrangeiros para acompanhar eleições presidenciais. Em janeiro,uma missão da organização veio ao Brasil apurar uma denúncia de bolsonaristas contra o Judiciário. Esse trabalho ainda está em andamento.