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Beija-flor emociona e Salgueiro enérgica de novo: comentaristas do GLOBO apontam destaques da segunda noite de desfiles do Grupo Especial
2025-03-04
HaiPress
Comentaristas opinam sobre desfiles das escolas de samba na primeira noite do Grupo Especial — Foto: Alexandre Vidal / Liesa
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 04/03/2025 - 04:36
Carnaval 2025: Emoção e Criatividade Marcam Desfiles no Rio
A segunda noite de desfiles do Grupo Especial no Carnaval do Rio de Janeiro 2025 destacou a emoção da Beija-Flor,com homenagem a Laíla e a despedida de Neguinho,enquanto Salgueiro trouxe uma apresentação enérgica e criativa. Unidos da Tijuca buscou redenção com um desfile grandioso sobre Logun Edé,e Vila Isabel trouxe leveza e diversão com um enredo de assombrações. As escolas impressionaram na Marquês de Sapucaí,prometendo uma disputa acirrada pelo título.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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A segunda noite dos desfiles do Grupo Especial teve Unidos da Tijuca,Beija-Flor,Salgueiro e Vila Isabel cruzando a Marquês de Sapucaí. Pela primeira vez,em 40 anos,este foi o primeiro ano de três dias de desfile da elite do carnaval carioca.
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Foi também a primeira noite com mais tempo para as escolas cruzarem a Avenida: a partir deste ano,cada escola de samba do Grupo Especial do Rio terá entre 70 e 80 minutos para cruzar a Marquês de Sapucaí.
Veja abaixo as análises dos comentaristas do GLOBO sobre os quatro desfiles desta primeira noite do Grupo Especial.
Unidos da Tijuca
Desfile da Unidos da Tijuca — Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Abrindo o segundo dia de desfile de 2025 no Grupo Especial,a Unidos da Tijuca teve o orixá Logun Edé como enredo. O carnavalesco Edson Pereira pontuou que a representação escolhida pela escola do Borel é a iorubá,de um grande guerreiro,apesar de menino,respeitado pelos mais velhos,diferentemente do estigma de que seria o pequeno príncipe. Com samba escrito por Anitta e companhia,a bateria Pura Cadência desfilará sem rainha à sua frente,já que Lexa,detentora da coroa,se afastou do posto por questões pessoais. A escola,no entanto,não elegeu substituta e deve levar uma “surpresa”,homenageando a cantora,como conta Edson,sem detalhar qual será essa homenagem.
Rafael Galdo
Após a 11ª posição e o quase rebaixamento em 2024,a Unidos da Tijuca entrou na Avenida disposta a reverter essa história. Já nos primeiros minutos é possível ver nas alegorias e fantasias o gigantismo e luxo do carnavalesco Edson Pereira,que chega ao Borel após carnavais na Unidos de Padre Miguel,na Vila Isabel e no Salgueiro. A comissão de frente com o impacto de um grande telão e o abre-alas com esculturas enormes,inclusive na traseira da alegoria,foram o cartão de visitas da agremiação,embalada pelo bom samba que tem a cantora Anitta entre os compositores.
O estilo Edson Pereira esteve impresso no desfile de estreia do carnavalesco na Unidos da Tijuca. Passaram pela pista alegorias grandiosas para uma escola quente,bem distante da frieza de sua apresentação de 2024. A mesma grandiosidade,porém,pode tirar pontos decisivos da agremiação. Aparentemente pesado,o penúltimo carro teve dificuldades de avançar em frente ao primeiro módulo de jurados,no setor 3,abrindo um buraco na pista. Já as fantasias,embora volumosas,tinham materiais leves,como espuma,e contribuíram para a fluidez dos componentes. Em alguns setores,pareciam um pouco repetitivas nas formas. Mas,no reencontro da agremiação com os enredos afro,não foi nada que indique apuros como os do ano passado para a amarelo e azul.
Bernardo Araujo
Depois de duas décadas sem levar um enredo afro para a avenida,a Unidos da Tijuca promoveu um reencontro consigo mesma ao cantar Logun-Edé,o “orixá menino que velho respeita”. Alegre,animada,com as cores azul e amarelo em destaque,a agremiação do Borel foi correta na parte visual (talvez o melhor trabalho do carnavalesco Edson Pereira),mas espetacular em chão,bateria e samba-enredo. Lembrou a Unidos da Tijuca pré-Paulo Barros.
Aydano Motta
Logun Edé,o orixá menino que velho respeita,abençoou a Unidos da Tijuca em desfile digno,que teve como destaques os fundamentos de qualquer escola: o samba e a bateria. Cantado por um inspirado Ito Melodia,e sustentado pela orquestra do incrível mestre Casagrande,a apresentação desfez temores sobre rebaixamento. A escola ficará no grupo sem susto.
As fantasias e alegorias concebidas por Edson Pereira estavam bonitas e de leitura fácil,ainda que com alguns problemas de acabamento. A exceção foi o tripé do pavão,bem abaixo das outras.
Houve problemas de evolução,em especial no setor 3,onde abriu-se buraco indisfarçável. Perderá pontos no módulo,mas nada grave - no resto da avenida,a Tijuca passou bem.
Leonardo Bruno
A Unidos da Tijuca abriu a segunda noite de desfiles se reconectando com a sua história,com sua comunidade. Um desfile muito interessante,trazendo como enredo o orixá Logun Egbé. Um enredo que marca a estreia do Carnavalesco Edson Pereira,que tem um desempenho muito interessante,especialmente nas alegorias,muito imponentes,com as traseiras muito impressionantes. Ele trabalhou as alegorias como um todo,360 graus. Ao mesmo tempo,a escola também veio bem na parte musical. A bateria de Mestre Casagrande teve um desempenho excelente. E o samba passou muito bem.
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Beija-flor
Desfile da Beija-Flor — Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
A escola de Nilópolis tem 14 títulos do carnaval carioca,dos quais 13 têm as mãos do carnavalesco,diretor de carnaval e produtor musical Luiz Fernando Ribeiro do Carmo,o Laíla,vítima da Covid-19 em 2021. Oficialmente,a conta tem uma dúzia de vitórias,isso porque no primeiro deles,em 1976,Laíla não colocou seu nome por questões religiosas. A proposta da azul e branco não é “transformá-lo em santo ou anjo”,garante o carnavalesco João Vitor Araújo,mas,na verdade,“humanizar” seu trabalho não só na escola,mas em outras agremiações. A escola é a segunda a entrar na Avenida na segunda noite,num desfile que marcará a despedida de Neguinho do carro de som.
Rafael Galdo
"Neguinho,Neguinho",gritava o público na Sapucaí antes de a Beija-Flor entrar na Avenida,na despedida do lendário intérprete dos desfiles competitivos. Antes,o samba deste 2025 já era entoado na plateia. Era a expectativa de ver aquela azul e branco de Nilópolis campeã,dos tempos de Laíla,histórico diretor de Carnaval homenageado no enredo. E logo nos primeiros minutos essa escola se apresenta,orgulhosa e feliz. As primeiras alas cantam do jeito que Laíla pregava,a plenos pulmões. A comunidade é destaque,num desfile belo,cheio de referências que ativam a memória afetiva do sambista. Por enquanto,é aquela Beija-Flor irresistível e imbatível!
Os ritmistas já tinham arrepiado com suas bossas. Neguinho,como um menino há 50 anos no carnaval,havia arrancado lágrimas de torcedores. Quando,aos 40 minutos de desfile,uma paradona da bateria e dos cantores da Beija-Flor deixou para o povo a responsabilidade de levar o samba. Foi um coro vibrante. O êxtase de uma apresentação de pura comoção,comandada pela comunidade de Nilópolis,e que entra para a história da escola,no ano da homenagem a Laíla e da despedida de Neguinho. O samba embalou o público. E o visual era o da opulência nilopolitana. Não por acaso o grito de é campeã surgiu,junto com os aplausos ao carnavalesco João Vitor Araújo,que veio no fim do desfile. A Beija-Flor está na briga. É seríssima candidata ao título.
Bernardo Araujo
A Beija-Flor emocionou ao lembrar o eterno diretor Laila,com a garra de sempre e uma plástica forte em brilho,o “festival de prata” típico da escola. No entanto,a biografia do homenageado veio discretamente,com rápidas menções às outras escolas por que ele passou,principalmente o Salgueiro,sua base,que apareceu discretamente. O histórico “Ratos e urubus”,de 1989,também merecia uma releitura mais criativa do que o Cristo coberto por um plástico preto e a ala dos mendigos que aparecem frequentemente na Sapucaí. Em sua despedida,Neguinho da Beija-Flor foi vibrante como sempre,bem acompanhado pela bateria dos mestres Rodney e Plinio,com destaque para a arrepiante paradinha ao som dos atabaques.
Aydano Motta
O clamor do samba - "Vem comandar sua comunidade" - virou profecia e Laíla voltou para comandar a Beija-Flor e,com ela,reviver a força do povo nilopolitano. Num desfile emocionante,a azul e branco passou praticamente impecável e vai disputar o título.
A escola passou com um maravilhoso conjunto de virtudes. A emoção da despedida de Neguinho da Beija-Flor,a inspirada bateria dos mestres Rodney e Plinio,o samba de excelência se destacaram.
As alegorias e fantasias do carnavalesco João Vítor Araújo estiveram espetaculares,.
Todos os predicados formam ao lado do principal: ao escolher o enredo e investir na emoção,a escola se reconstruiu.
Tem muita chance de ganhar o carnaval. Mas o gurufim do maior nome de sua história carrega,desde já,a principal vitória: a Beija-Flor está de volta.
Leonardo Bruno
Emoção foi a palavra de ordem na passagem da Beija-Flor de Nilópolis pela Sapucaí. Afinal de contas,não só o enredo sobre Laíla mexia com o público,especialmente,a despedida de nosso maior ícone da Passarela do Samba,Neguinho. No começo,só as primeiras palavras que Neguinho falou no microfone já deixaram o público ansioso,e a passagem dele pela Avenida foi recheada de emoção. Neguinho cantou muito bem,mas não foi só a emoção da passagem dele,não. Também teve um ótimo desempenho de samba,que é espetacular,sem dúvida,e muito bem levado pela bateria dos mestres Plínio e Rodney. Foi a primeira vez,eu acho,desde o começo deste carnaval,que a gente viu uma passarela inteira cantar um trecho do samba.
Salgueiro
Viviane Araújo,rainha de bateria do Salgueiro — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
O “Salgueiro de corpo fechado”,como é batizado o enredo da Vermelho e Branca,falará de fé e religiosidade dos brasileiros. Mas não se limitará a tratar só de religiões de matriz africana. A ideia de fechamento de corpo chega ao Brasil através de pessoas oriundas do antigo Império do Mali,numa África islamizada,que tinha as chamadas “bolsas de mandinga”,que carregavam com trechos do Alcorão: isso deu origem aos patuás,amuletos indígenas e às lembrancinhas que hoje são vendidas no Pelourinho,em Salvador.
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Rafael Galdo
É o ano do fogo nas comissões de frente! Salgueiro é a terceira escola a usar o efeito de labaredas em sua abertura,depois de Viradouro e Beija-Flor. No caso da vermelho e branco da Zona Norte carioca,numa apresentação cheia de truques,em que personagens aparecem e desaparecem no meio da fumaça. Foi o começo quente da escola,que tem na bateria Furiosa dos mestres Guilherme e Gustavo outro destaque até aqui. Eles comandam um show seguro,de belas bossas e paradinhas,com a rainha Viviane Araújo (sempre bela) à frente.
O samba era um dos mais comentados e ouvidos do pré-carnaval. Mas o "Salgueiro de corpo fechado" não sustentou o embalo do público,enquanto a escola,essa sim,não parava de cantar. Foi o tom de um desfile competente tecnicamente e de algumas boas soluções plásticas,mas que deixou aquela sensação de que podia mais. Inegavelmente foi uma apresentação equilibrada. Os grandes destaques ficaram para a bateria comandada pelo irmãos Guilherme e Gustavo e para o casal de mestre-sala e porta-bandeira Sidclei e Marcella Alves,que além de defender o quesito lindamente,trocou de roupa,correu de volta da dispersão para a concentração e reapareceu no fim do desfile,no último carro.
Bernardo Araujo
Terceira escola a abordar as religiões de matriz africana nesta segunda-feira de carnaval,o Salgueiro acabou fazendo a melhor apresentação das três. Falando do corpo fechado em várias culturas (especialmente umbanda e candomblé),a alvirrubra tijucana veio criativa e bem-humorada,bem embalada pelo samba mais popular do ano. Assim como aconteceu com Edson Pereira na Unidos da Tijuca,o carnavalesco Jorge Silveira pode ter feito seu melhor trabalho.
Leonardo Bruno
Vimos um desfile do Salgueiro com uma temperatura que poucas vezes vimos este ano. A escola entrou com uma cara nova: o carnavalesco Jorge Silveira,o puxador Igor Sorriso,o coreógrafo da comissão de frente Paulo Pina,todas figuras novas na escola. Mas com a sua velha e boa garra,temperatura alta,com calor salgueirense que a gente está acostumado e que já não via há muito tempo. Um desfilaço,levado pelo seu samba,que não era apontado como um dos melhores do ano,mas sempre foi muito cantado e que rendeu muito bem,especialmente pelo desempenho da bateria dos mestres Guilherme e Gustavo,que deu um show com paradinhas incríveis. Outro destaque é o carnavalesco Jorge Silveira,com muita criatividade.
E um outro destaque foi o casal de mestre-sala e porta-bandeira,Sidclei e Marcella,sempre excelentes,sempre dançando muito bem.
Aydano Motta
De corpo fechado e alma aberta para o melhor carnaval,o Salgueiro fez seu melhor desfile dos últimos anos. O enredo conduziu o grêmio tijucano pela avenida numa apresentação com a sua melhor cara. O carnavalesco Jorge Silveira apresentou trabalho de excelência.
Do homem no pilão,no abre-alas,ao "Arrepia,Salgueiro",homenagem a Quinho,no carro derradeiro,teve muita iconografia da escola. Identidade é coisa séria na Sapucaí.
O samba,entre os médios da safra,foi cantado com paixão pelos componentes. A bateria fez ótimo trabalho,mais uma vez,e Igor Sorriso estreou bem na condução do hino salgueirense.
A lamentar,a quebra na narrativa do enredo com o setor sobre Lampião (ainda que com um lindo carro). No mais,o Salgueiro honrou a própria história e está bem para voltar no Sábado das Campeãs.
Vila Isabel
Bateria de vampiros da Vila Isabel — Foto: Domingos Peixoto - Ag O Globo
Com enredo “Quanto mais eu rezo,mais assombração aparece”,a escola do carnavalesco Paulo Barros promete provocar sensações,mas especialmente divertir o público. O ponto de partida será um trem fantasma — materializado,inclusive,no carro abre-alas — que terá o desfile como seu trajeto. Haverá espaço para o curupira e o saci,mas também para Iara e outras lendas do nosso imaginário. Não ficam de fora as matas,os rios e mares,nem mesmo as áreas urbanas,como vilas,ruas e cemitérios.
Bernardo Araujo
Além do tema do musical “O Fantasma da Ópera”,o carro de som da Unidos de Vila Isabel toca,com uma sanfona,um trecho da música “Crazy train”,do cantor de heavy metal inglês Ozzy Osbourne,fundador do grupo Black Sabbath,um dos inventores do gênero heavy metal,no fim dos anos 1960. Tanto Ozzy como o Sabbath usam o oculto e o terror como temas de suas canções,o que se casa com o enredo da Vila,“Quanto mais eu rezo,mais assombração me aparece”,do carnavalesco Paulo Barros.
A Vila Isabel teve a chance de sobrar na turma,com um enredo totalmente diferente dos que embalaram Unidos da Tijuca,Beija-Flor e Salgueiro. No entanto,“Quando mais eu rezo,mais assombração me aparece” foi mais uma coletânea de tudo o que o carnavalesco Paulo Barros fez nos últimos anos. Bruxas,vampiros,fantasmas,personagens de “Monstros S.A.”,muitos deles bonitos e divertidos,mas jogados na avenida sem muito critério,e tudo com sensação de que já foi feito ontem. A escola brincou e cantou o samba bem puxado por Tinga (apesar de uma insistente sanfona abafar tudo),mas a “Dança dos vampiros” (mais uma!) não divertiu nem os turistas que nunca tinham visto uma paulobarrice.
A maior assombração vista na Sapucaí em 2025 ainda é a de pessoas jogando altinha em uma frisa enquanto uma escola passava.
Rafael Galdo
Na contramão dos desfiles com temática afro que predominam neste 2025 (o que rendeu até polêmica com o carnavalesco Paulo Barros),a abertura da Vila Isabel já demonstra que a escola vai para um lugar diferente dos outros sete desfiles que passaram pela Sapucaí até aqui. Com o enredo das assombrações,a agremiação traz símbolos muito reconhecidos do público,como saci,o curupira e o lobisomem. O abre-alas é um trem fantasma,parte dele no estilo alegoria humana de Paulo Barros. É carnaval para brincar. E os componentes estão fazendo isso,sem descuidar da técnica para garantir notas 10.
Soltinha! Foi assim que a Vila Isabel encerrou a segunda noite do Grupo Especial na Sapucaí. Divertida,leve e bem-humorada,a escola mudou o clima da Avenida,até então dominada por enredos densos das outras agremiações. As assombrações de Paulo Barros proporcionaram momentos de descontração. O último carro,com o caldeirão de uma bruxa que deslizava sobre trilhos,era carnaval na veia. Um samba mais potente,poderia ter feito diferença. O enredo estava ali,mas era difícil encontrar uma conexão entre os diferentes setores. E uma nota de controvérsia: as próteses de vampiro dos ritmistas quase não deixavam que eles mexessem a boca.
Aydano Motta
Em entrevista à repórter Laura Intrieri,o carnavalesco Paulo Barros atacou os colegas,dizendo que enredos afro são todos iguais. Pelo desfile da Vila Isabel,deve ter ficado culpado e escolheu fazer uma colagem de seus próprios trabalhos anteriores. Sobrou à escola se escorar na ótima bateria de mestre Macaco Branco e cantar,para espantar as assombrações que a assustam.
O enredo mesmo não teve nada de muito inovador.
O drone que encenaria o voo de um fantasma pelo céu da Sapucaí funcionou mal,despencando seguidamente. O casal de mestre-sala e porta-bandeira batia continência no verso "Meu maquinista é capitão",referência ao patrono da escola,Capitão Guimarães.
Valeu pela bateria,pelo grande cantor Tinga e pelo engajamento dos componentes. Eles têm que torcer para a avaliação não ser um filme de terror para a Vila Isabel.
Veja as rainhas e musas da primeira noite do Grupo Especial
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Erika Januza,rainha da Viradouro,mostra look inovador durante desfile — Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
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Desfile da Unidos do Viradouro — Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
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Desfile da Imperatriz Leopoldinense — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
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Andressa Marinho,rainha de bateria da Unidos de Padre Miguel — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
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Erika Januza,rainha de bateria da Unidos do Viradouro — Foto: Eduardo Hollanda / divulgação
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Andressa Marinho,rainha de bateria da Unidos de Padre Miguel — Foto: Eduardo Hollanda / divulgação
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Andressa Marinho,rainha de bateria da Unidos de Padre Miguel — Foto: Eduardo Hollanda / divulgação
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Evelyn Bastos,rainha de bateria da mangueira — Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
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Conheça o enredo das escolas que desfilam hoje:
Unidos da Tijuca — A escola do Borel levará para a Marquês de Sapucaí o enredo "Logun-Edé - Santo menino que velho respeita".
Beija-Flor — A Azul e Branca de Nilópolis contará a história de Luiz Fernando Ribeiro do Carmo,que morreu em junho de 2021 por complicações da Covid. Ele foi o responsável por uma sequência de títulos da Azul e Branco entre os carnavais de 1998 e 2018. A Beija-Flor foi campeã em 1998,2003,2004,2005,2007,2008,2011,2015 e 2018,anos em que Laíla tinha a função de diretor de carnaval.
Salgueiro — A Vermelho e Branca da Tijuca levará para a Marquês de Sapucaí em 2025 o enredo "Salgueiro de Corpo Fechado",cuja narrativa propõe um mergulho nos rituais de proteção utilizados por diferentes culturas ao longo do tempo,incluindo crenças africanas,práticas indígenas e elementos da cultura popular carioca.
Vila Isabel — A escola do bairro de Noel pretende transformar a Sapucaí num verdadeiro passeio pelo universo de seres fantásticos com o enredo "Quanto mais eu rezo,mais assombração me aparece",sob a direção criativa do carnavalesco Paulo Barros.