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Amazon baixa taxas para vendedores, prepara ampliação logística e diz que Brasil é ‘foco global’
2025-02-28
IDOPRESS
Juliana Sztrajtman,CEO da Amazon no Brasil — Foto: Divulgação
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 27/02/2025 - 18:52
Amazon Expande Operações no Brasil com Foco em Logística e Vendas Locais
A Amazon está intensificando seu foco no Brasil,considerado prioridade global pela nova presidente Juliana Sztrajtman. A empresa planeja reduzir taxas para vendedores,expandir sua logística e dobrar a venda de produtos nacionais até 2025. Com 79 mil vendedores no marketplace,a Amazon visa maior competitividade e rapidez nas entregas,além de expandir centros de distribuição em colaboração com governos estaduais.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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A Amazon quer ter preços mais competitivos no Brasil,ampliar a malha logística e aumentar o portfólio de produtos vendidos no país. A operação que coloca o pé no acelerador para o mercado brasileiro inclui a redução das taxas para vendedores e o plano de dobrar a venda de produtos nacionais na plataforma.
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Desde janeiro no comando das operações locais da gigante de comércio eletrônico,Juliana Sztrajtman,presidente da Amazon no Brasil,diz que o país se tornou prioridade para a companhia. O foco faz parte de uma concentração de esforços da empresa de Jeff Bezos em mercados emergentes,que têm potencial de expansão,como México,Índia e Austrália.
— O Brasil é foco para a Amazon globalmente — afirmou Sztrajtman,em encontro com jornalistas no escritório em São Paulo,nesta quinta-feira. — A empresa tomou uma decisão olhando o potencial de clientes que podemos trazer para a Amazon no Brasil,que é um dos maiores países do mundo. A gente pode trazer muita gente nova e isso acontece a partir de investimento.
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A empresa não abre o montante que irá investir no país,mas diz que o total será "muito maior” do que o do ano anterior. Desde 2011,quando iniciou a operação no mercado brasileiro,a Amazon injetou R$ 33 bilhões no país,o que teria gerado R$ 25 bilhões de contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB),calcula a companhia.
— Hoje,oferecemos 150 milhões de produtos para o brasileiro. Parece muito,mas dá para ser mais. É uma questão de oferecer preços competitivos e entregar rápido,o que quer dizer ampliar a malha logística — afirmou a executiva,que substituiu Daniel Mazini no comando da Amazon Brasil.
A empresa tem como objetivo,ao ampliar a oferta de produtos,dobrar as vendas de itens nacionais em 2025. Para isso,tem tentado tornar a plataforma mais acessível para vendedores locais,o que incluiu a redução de taxas de comissão em até 3% para 17 categorias de produtos,como Videogames,Celulares,Câmeras e Fotografia. A atualização foi comunicada semanas atrás aos vendedores.
Entregar mais rápido
A partir de março,a empresa também irá reduzir as tarifas de logística do programa Fulfillment by Amazon (FBA),em que a empresa gerencia todo o processo logístico dos produtos,incluindo armazenagem e entrega. Produtos com valor inferior a R$ 79,00 terão redução média de R$ 2,13 por envio.
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Atualmente,a plataforma conta com 79 mil vendedores no marketplace,quase todos que são pequenos e médios empresários. Além de atrair mais vendedores,o objetivo é fazer com que os atuais vendam mais produtos na plataforma,diz Virginia Pavin,diretora de Marketplace,Amazon Brasil:
— Vamos trabalhar para ter uma base maior e para aprofundar a base que temos hoje. Muitas vezes esses vendedores vendem em outros lugares. Eu preciso garantir que o que eles vendem fora,eles também vendam aqui. Porque aí você tem mais vendedores,mais oferta de produto e com certeza também um olhar de preço diferenciado.
Com e-commerce no país desde 2017,a Amazon entrega em todas as cidades brasileiras,com prazos de até um dia em 200 municípios e de até dois dias em 1,3 mil cidades,ressaltou Sztrajtman. A companhia,no entanto,quer “entregar ainda mais rápido a partir de agora",afirma ela.
Planejamento de mais CDs
Para isso,a Amazon tem planejado a ampliação da logística no país. Em fevereiro,a empresa inaugurou seu maior Centro de Distribuição,em Cajamar,na região metropolitana de São Paulo. Com ele,passou a ter doze bases logísticas. Principal concorrente,o Mercado Livre tinha dez centros de distribuição até o fim do ano passado,mas com meta de chegar a 21 até o fim deste ano.
A gigante de comércio e tecnologia americana ainda estuda em quais estados brasileiros vai instalar os novos centros,e tem negociado com governos estaduais a viabilidade dos projetos. Ela explicou que a expansão dos centros de distribuição depende de uma coordenação com os governos locais,mas que a empresa deverá anunciar em breve as novas bases.
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Pavin conta que o “foco Brasil” foi definido em novembro,após a visita de lideranças globais da Amazon ao escritório local. A empresa então,bateu o martelo sobre a tríade que será alvo de investimento (expansão logística,aumento da oferta de produtos e atração de vendedores).
— A Amazon enxerga que hoje,olhando para os países já desenvolvidos,estamos muito bem estabelecidos — explica Virginia Pavin,que acrescenta que mercados como o Brasil têm sido vistos com locais com maior potencial de atrair novos clientes. — Com certeza os próximos 10 milhões de usuários da Amazon virão dos mercados emergentes.
Vagas abertas
Em entrevista exclusiva ao GLOBO,Pavin diz que “em breve” a empresa irá anunciar expansão de categorias de venda,o que faz parte do plano de expansão. Ela adianta que uma delas será de peças automotivas,um mercado “bastante ativo que pretendemos ampliar no próximo trimestre".
Pavin e Sztrajtman ressaltam que a expansão da Amazon vai incluir a contratação de mais pessoas. Atualmente,a empresa está com mais de 400 vagas abertas em diversos setores.
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No encontro em São Paulo em participaram as duas executivas,a Amazon destacou as práticas de diversidade e inclusão que vem aplicando no Brasil,e anunciou a adesão ao Movimento Mulher 360,voltado para ampliar a participação de mulheres no ambiente empresarial. O movimento acontece a despeito das iniciativas da Amazon nos EUA de encerrar programas de diversidade.