Pré-Carnaval em SP tem 880 furtos de celular e mais de 200 mil copos de água distribuídos nos blocos

2025-02-25 HaiPress

Celulares recuperados pela polícia militar durante o pré-Carnaval de SP — Foto: Divulgação/SSP-SP

RESUMO

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GERADO EM: 24/02/2025 - 19:26

Pré-Carnaval em SP: Furtos caem,elogios à estrutura,pontos a melhorar.

O pré-Carnaval em São Paulo teve queda de 62% nos furtos de celulares,com 880 casos registrados. Blocos contaram com mais de 200 mil copos de água distribuídos. Prefeitura recebeu elogios pela estrutura,mas comunicação e organização foram apontadas como pontos a melhorar. A limpeza urbana contará com quase 3 mil garis e 949 veículos ao longo dos oito dias de festa.

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Cerca de 180 blocos desfilaram pela capital paulista no final de semana de pré-carnaval. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) registrou 880 registros de roubos e furtos de celulares no estado — destes,590 aconteceram na capital. O número representa uma queda de 62% de casos em relação ao mesmo período do ano passado,quando foram registrados 2.344 casos no mesmo final de semana.

Em uma das ocorrências,dois policiais infiltrados em um bloco na rua da Consolação,no centro,prenderam um homem com mais de seis celulares roubados. Os agentes,que estavam fantasiados de Chapolin Colorado e padre,devolveram dois aparelhos às vítimas no local.

Já em Santo Amaro,zona sul da capital,duas mulheres foram presas pela PM com 16 celulares furtados. Três vítimas tiveram os aparelhos recuperados no local. Os crimes aconteceram no Bloco Modo Surto,comandado pela cantora Luísa Sonza.

De acordo com a prefeitura,222,3 mil copos de água foram distribuídos nos postos de hidratação para os foliões nos cortejos. Alguns trajetos também contaram com borrifadores e caminhões que lançavam jatos de água para refrescar o público. O plano prevê a distribuição de 2,2 milhões de copinhos em 158 tendas nos três finais de semana de festa.

Bruno Ferrari,diretor do bloco Confraria do Pasmado,que saiu no domingo na Rua dos Pinheiros,região da Vila Madalena,conta que a estrutura disponibilizada pela prefeitura neste ano foi bem recebida pela equipe do festejo.

— Esse foi o Pasmado com maior público e,ao mesmo tempo,o mais confortável. O sucesso também aconteceu porque,de todos os anos,talvez esse tenha sido o de melhor estrutura da prefeitura. O bloco acabou muito para cima — diz Bruno.

Em quase cinco horas de cortejo — a concentração ocorreu às 11h e a dispersão às 16h —,o desfile do Pasmado percorreu 700 metros. Com a demora do público para chegar aos pontos de distribuição de água,Bruno viu que os funcionários da prefeitura passaram a distribuir os copos no “meio” do público.

De acordo com o organizador do bloco,que desfila há 22 anos na capital,os banheiros químicos,concentrados no início do trajeto,estavam em bom estado e não houve nenhum grande conflito entre foliões e policiais militares ou agentes da GCM. Porém,mesmo com o saldo positivo,Bruno acredita que a comunicação entre a prefeitura e os blocos precisa ser melhorada.

— Nós fomos para o carnaval muito inseguros. Que bom que no final deu tudo certo,mas a comunicação prévia demorou muito tempo para ser feita e foi feita de forma confusa. Se eles tivessem o mesmo sucesso que tiveram em entregar a estrutura,acho que a Prefeitura teria feito melhor o carnaval em muitos anos — diz Bruno.

Bloco Confraria do Pasmado desfilou na Vila Madalena — Foto: Reprodução/Rebeca Figueiredo

O bloco Ritaleena,que neste ano completa dez anos de homenagem à Rita Lee,realizou o seu cortejo no sábado,na Avenida Sumaré — o grupo volta às ruas no domingo de carnaval (2),na região do Butantã. Para Alessa,co-fundadora,diretora musical e cantora do cortejo,a distribuição de água é uma resposta às demandas dos blocos.

— Foi uma conquista e uma conscientização a partir do calor que está fazendo,das emergências climáticas. É uma prática que veio para ficar e precisa ser expandida — diz Alessa.

No entanto,mesmo com o retorno positivo quanto ao planejamento da prefeitura,a diretora menciona que,uma vez que o trajeto estava todo cercado por gradis da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e que apenas uma via da avenida foi fechada para o bloco,os foliões ficaram amontoados além do necessário.

— Em momentos em que tinha bastante gente,não tinha para onde dar vazão. Então,se a pessoa quisesse sair,ela estava presa no trajeto,que é de mais ou menos um quilômetro. Nós não tivemos incidentes,mas o carnaval tem uma dinâmica própria,então alguns foliões pularam as grades e outros discutiram com a Polícia Militar pela falta de espaço. Essa dinâmica de gradil não funciona,é impositiva e não combina com o carnaval — diz Alessa.

Além da estrutura da prefeitura,os festejos também puderam contar com ativações de patrocinadores ao longo dos desfiles. Dentre elas,a maioria era direcionada para ajudar os foliões nos momentos de calor intenso,como na distribuição de frascos de protetor solar e bonés.

Além dos mais de 220 mil copos de água,a gestão de Ricardo Nunes (MDB) também divulgou que 227,7 toneladas de lixo foram recolhidas das ruas neste primeiro final de semana de festa. No ano passado,foram retiradas mais de 705 toneladas de lixo das ruas de São Paulo.

A Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB),por meio da Secretaria Executiva de Limpeza Urbana (SELIMP),informou que,no decorrer dos oito dias de folia,a limpeza será feita por quase 3 mil garis,com auxílio de 949 veículos.

* Estagiária sob orientação de Pedro Carvalho

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