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Secretaria de Segurança Pública do Rio negocia acordo com o governo americano para combater o CV
2025-02-24
IDOPRESS
PM faz operação no Complexo da Penha para impedir avanço de traficantes para favelas na Zona Oeste do Rio — Foto: Fabiano Rocha
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 24/02/2025 - 05:16
Segurança: Acordo anti-Comando Vermelho com EUA.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio negocia acordo com o governo americano para combater o Comando Vermelho nos EUA. A cooperação envolve órgãos como o DSS e permitirá a identificação e combate aos membros da facção,incluindo medidas como alertas de imigração. O memorando propõe ação conjunta em diversos crimes por quatro anos. O Consulado dos EUA no Rio não comentou sobre o acordo.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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A Secretaria estadual de Segurança Pública está negociando com o governo dos Estados Unidos um acordo para que o Comando Vermelho (CV) seja reconhecido como uma organização criminosa internacional. Isso permitirá a cooperação entre os dois países para o combate em território americano à maior facção do tráfico do Rio.
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Documentos obtidos com exclusividade pelo EXTRA mostram que um dos órgãos do governo dos EUA já envolvidos na negociação é o Serviço de Segurança Diplomática (DSS,na sigla em inglês). Subordinado ao Departamento de Estado americano,ele tem entre suas atribuições o combate ao crime fora das fronteiras dos Estados Unidos.
A cooperação,que vem sendo costurada entre o governo do estado e o Consulado americano no Rio desde junho do ano passado,é baseada em indícios de que o CV está recrutando comparsas dentro dos EUA,e em informações de inteligência mostrando que traficantes do Comando Vermelho se uniram a criminosos de cartéis da América do Sul e estão levando drogas para os Estados Unidos.
Reconhecer o CV como uma Organização Criminosa Transnacional (TCO,na sigla em inglês) permitirá que outras agências do governo americano também combatam a facção,como a Drug Enforcement Administration (DEA) e a Agência de Álcool,Tabaco,Armas de Fogo e Explosivos (ATF).
A identificação dos pricipais membros da facção também vai permitir que sejam inseridos alertas no sistema americano de imigração,evitando a entrada dos criminosos nos EUA.
Em agosto do ano passado,foi feita a minuta de um memorando de entendimento entre o Departamento de Estado americano e a Secretaria de Segurança Pública,“para combater a atividade criminal transnacional envolvendo o uso de documentos de viagem e identidade fraudulentos”. Pela proposta de cooperação,as autoridades do Rio e americanas também atuarão juntas em investigações “relacionadas a terrorismo,crime organizado transnacional,corrupção,tráfico de pessoas,contrabando de pessoas,tráfico de drogas,captura de fugitivos,lavagem de dinheiro” e outros crimes.
De acordo com o documento,a cooperação,uma vez assinada,valerá por quatro anos (48 meses),sendo revisada anualmente.
Procurado,o Consulado dos Estados Unidos no Rio não se pronunciou sobre a negociação do acordo.