Natália Deodato relembra julgamentos no BBB22: “Para uma mulher preta não tem o mesmo peso”

2025-02-21 IDOPRESS

Ex- BBB Natália Deodato — Foto: Victor Amorim

RESUMO

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GERADO EM: 20/02/2025 - 11:28

Natália Deodato: luta e representatividade no BBB22

Natália Deodato relembra desafios e julgamentos no BBB22,destacando que mulheres negras enfrentam críticas diferenciadas. Ela reconhece o impacto emocional e a luta contra o racismo estrutural. Natália busca ampliar debates sobre representatividade e combater estereótipos,inspirando liberdade e diversidade.

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Natália Deodato,um dos nomes mais comentados do BBB22,relembra os desafios que enfrentou no programa e a forma como foi julgada pelo público. A experiência,segundo ela,evidenciou diferenças na maneira como mulheres negras são percebidas. “Eu fui completamente taxada de surtada. Para uma mulher preta,não é o mesmo peso. Muitas pessoas da minha edição também quebraram coisas,tive aviso da produção,mas só eu fiquei com essa fala”,afirma.

Durante o reality,Natália viveu momentos intensos e reconhece que lidaria com algumas situações de outra forma. “Eu queria curtir. Muita gente já entrou com a intenção de formar casal. A primeira semana foi muito de intenção,eu passei por muita coisa. Foi muito difícil lidar com tudo aquilo,eu era muito imatura,hoje em dia não repetiria nem 1% de tudo que aconteceu. Eu faria tudo de outra forma. Eu seria a ‘Bad Nat versão Power’,sem tacar nada para o alto,me controlaria bem mais.”

O impacto emocional da participação no programa se estendeu para além do confinamento. “É difícil quando você é vista de uma maneira,mas não tem o mesmo espaço para se expressar. Eu passei a entender que as pessoas estavam mais dispostas a me julgar pelo meu jeito de ser do que pelas minhas ações reais. Não era só sobre o que eu fiz,mas sobre quem eu sou.”

A ex-BBB vê sua trajetória no reality como um reflexo de questões estruturais. “Foi um aprendizado,mas também uma lição dolorosa sobre o quanto o preconceito está enraizado em nossa sociedade. Eu sou muito mais do que a imagem que pintaram de mim naquele momento. Hoje,luto para mostrar que podemos ser múltiplas,sem sermos limitadas a um único estereótipo.”

Com a visibilidade conquistada no programa,Natália busca ampliar debates sobre representatividade e o impacto do racismo na forma como mulheres negras são retratadas na mídia. “Ainda há muito a ser feito,mas me orgulho de poder abrir portas para que outras mulheres tenham a liberdade de ser quem são,sem o peso do julgamento alheio”,conclui.

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