'Presunção de inocência': cotados para a sucessão de Castro no Rio acenam a Bolsonaro após denúncia da PGR

2025-02-21 HaiPress

Thiago Pampolha,Rodrigo Bacellar e Cláudio Castro — Foto: Divulgação

RESUMO

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GERADO EM: 20/02/2025 - 22:54

Bacellar e Pampolha buscam apoio Bolsonaro para sucessão no Rio.

Rodrigo Bacellar e Thiago Pampolha acenam a Bolsonaro,defendendo a presunção de inocência após denúncia da PGR. Buscam apoio da família Bolsonaro para a sucessão de Castro no Rio. Bacellar é favorecido,mas enfrenta obstáculos com Pampolha. Situação do governo e segurança pública são desafios. A possível candidatura de Lula também é considerada.

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Dois dos políticos interessados em concorrer à sucessão de Cláudio Castro (PL) no governo do Rio fizeram gestos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele e outras 33 pessoas no caso da suposta tentativa de golpe. Tanto o presidente da Assembleia Legislativa,Rodrigo Bacellar (União Brasil),como o vice-governador Thiago Pampolha (MDB) cobraram respeito ao princípio da “presunção de inocência”.

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Os cotados para representar a direita contra a provável candidatura do prefeito do Rio,Eduardo Paes (PSD),tentam conquistar o aval da família Bolsonaro. O PL tende a priorizar candidaturas ao Senado,e não a cabeça da chapa para governador.

Bacellar vem há mais tempo construindo essa ponte. Chegou a receber,em junho do ano passado,a medalha de “imbrochável” das mãos do ex-presidente. Além disso,é hoje o principal nome estimulado por Castro,que o chamou de “meu sucessor” durante agenda na semana passada no Norte Fluminense,reduto do presidente da Alerj.

“O Estado democrático de Direito tem como premissa a presunção de inocência e o direito à ampla defesa e ao contraditório”,escreveu Bacellar nas redes sociais. “Que o devido processo legal seja garantido ao ex-presidente Bolsonaro para que,assim,a verdade prevaleça.”

Pampolha,por sua vez,é mais distante do universo bolsonarista. O principal ativo que o torna peça central do xadrez de 2026 é que tende a estar na cadeira de governador a partir de abril do ano eleitoral,quando Castro precisa se desincompatibilizar para disputar outro cargo em outubro — possivelmente o Senado. Ao comentar a denúncia contra Bolsonaro,Pampolha pediu,“independentemente de posições políticas”,um “julgamento justo”.

“Um dos pilares da democracia é a garantia de um julgamento justo,baseado na presunção de inocência e no direito à ampla defesa e ao contraditório. Independentemente de posições políticas,é fundamental que todas as pessoas tenham assegurado o devido processo legal,sem pressões externas ou pré-julgamentos”,publicou. “Que o ex-presidente Bolsonaro tenha acesso a um processo transparente e imparcial,permitindo que os fatos sejam analisados com rigor e que a verdade prevaleça acima de qualquer interesse ou narrativa.”

Apesar do favoritismo para representar o grupo de Castro,Rodrigo Bacellar tem como maior empecilho justamente a situação de Pampolha. O presidente da Alerj costuma dizer a aliados que uma condição para se sentir apto a encarar a eleição estadual é estar no cargo de governador durante a campanha. Precisaria,portanto,fazer algum tipo de composição com o vice-governador.

Chegou a ser oferecida a Thiago Pampolha uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE),mas o emedebista não demonstrou interesse no cargo,considerado a “aposentadoria” dos sonhos de muitos políticos.

A falta de confiança mútua dificulta a costura de um acordo. Foi por causa da filiação de Bacellar ao União Brasil,com direito a assumir a presidência estadual da sigla,que o vice de Castro resolveu mudar de partido entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024,quando escolheu o MDB — e desencadeou um rompimento até com o governador,de quem ficou afastado por meses.

Pontos de atenção

Outro ponto de atenção do grupo de Cláudio Castro é a situação do governo,hoje com avaliação ruim. O Palácio Guanabara aposta que a conjuntura será mais favorável em 2026,mas a segurança pública é um fator crítico e cada vez mais explorado por Eduardo Paes.

A nacionalização da disputa estadual,caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),aliado de Paes,concorra à reeleição,também é uma das apostas da direita. Em pesquisas internas,o petista registra mau desempenho no Rio,e o grupo de Castro pretende explorar a relação dele com o prefeito do Rio.

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