Vice-presidente do PT denuncia Anielle Franco por suposto funcionário fantasma: 'Essa gente virou santo de bordel'

2025-02-18 HaiPress

Washington Quaquá,vice-presidente do PT,e a ministra Anielle Franco — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/28-02-2024 e Cristiano Mariz/Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 17/02/2025 - 18:22

Vice-presidente do PT acusa ministra de funcionário fantasma

O vice-presidente do PT,Washington Quaquá,denuncia a ministra Anielle Franco por suposto funcionário fantasma. Ambos trocam acusações na Comissão de Ética do partido. Anielle nega irregularidades e critica a postura de Quaquá. O embate inclui defesa dos irmãos Brazão e envolve o assassinato da vereadora Marielle Franco. O funcionário em questão,Alex da Mata Barros,teria atuado tanto na prefeitura de Maricá quanto no Ministério da Igualdade Racial. Ministério nega indicação de Anielle.

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Um dos vice-presidentes nacionais do PT e prefeito de Maricá (RJ),Washington Quaquá afirmou que irá denunciar a ministra da Igualdade Racial,Anielle Franco,ao Conselho de Ética do partido nesta semana. O dirigente diz ter encontrado indícios de que a correligionária foi responsável pela indicação de um suposto funcionário fantasma no município durante a gestão passada. Anielle,por sua vez,nega qualquer irregularidade.

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O episódio representa um novo capítulo no embate entre os dois petistas. Em janeiro,Anielle também afirmou que denunciaria Quaquá à mesma Comissão de Ética do partido por declarações do prefeito a respeito do assassinato de sua irmã,a vereadora Marielle Franco.

Quaquá relata,agora,ter sido avisado sobre a contratação de um funcionário fantasma a pedido de Anielle. Segundo ele,ao investigar o caso,descobriu que o indicado agia como um "consultor" de um projeto do ministério enquanto era nomeado em Maricá.

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— Na esquerda e na direita essa gente virou santo de bordel. Isso tem tirado a credibilidade da política. Vou entrar com pedido na Comissão de Ética nesta semana e mostrar ao PT todos os indícios que já tenho — disse Quaquá ao GLOBO.

O funcionário citado por Quaquá é Alex da Mata Barros,lotado na autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar). Ele foi admitido no cargo no município em 1/6/2021 e deixou a posição de assessor especial no primeiro dia de 2025. O GLOBO não conseguiu localizar Barros para comentar a denúncia.

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O vice-presidente do PT afirma que o servidor também prestou serviços para o Ministério da Igualdade Racial no período em que atuava na secretaria municipal. Ele foi contratado como consultor do Projeto Gente Negra “Reconstrução e Desenvolvimento” em maio de 2024.

Procurada pelo GLOBO,a pasta pontuou que a vaga de consultor foi oferecida pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (Banco CAF). "Esclarecemos que a ministra Anielle Franco não realizou indicações nem para a prefeitura,nem para a vaga de consultor oferecida pelo CAF",destaca a nota.

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Ainda de acordo com o ministério,"o edital de seleção foi elaborado seguindo os critérios e padrões internacionais informados pelo banco". "O edital foi devidamente divulgado pelo site do Ministério da Igualdade Racial para conhecimento público e foram analisados currículos e propostas de candidatos que se inscreveram",prossegue o texto,acrescentando que "os selecionados têm experiência e capacidade técnica compatíveis com o cargo e prestam serviços conforme suas expertise e currículos".

'Surfar na onda da irmã assassinada'

Em janeiro,Anielle disse que acionaria o Conselho de Ética do PT contra Quaquá após uma postagem do prefeito ao lado de familiares de Domingos e Chiquinho Brazão. Os dois políticos foram presos no ano passado acusados como mandantes da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Na ocasião,também nas redes sociais,a ministra da Igualdade Racial havia pedido para Quaquá "tirar o nome" da irmã "da boca". Anielle ainda classificou como "inacreditável" ver pessoas "se aproveitarem e usarem" o caso Marielle "sem qualquer responsabilidade".

Nesta segunda-feira,Quaquá voltou a tratar do tema. Ele disse que defende "não apenas a inocência dos irmãos Brazão",mas que acredita que o "processo é absurdo e sem provas".

— Para surfar na onda da irmã assassinada,como sempre fez,ela quis me denunciar,pedindo absurdamente uma Comissão de Ética por crime de opinião — disparou Quaquá.

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