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Oito estaduais, prancheta e América-MEX são temas de biografia de Joel Santana: 'O futebol é como uma tatuagem na pele'
2025-02-17
HaiPress
Carreira de Joel Santana vira tema de biografia — Foto: Selmy Yassuda/Divulgação
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 16/02/2025 - 22:10
Biografia de Joel Santana: 60 Anos no Futebol
O ex-técnico Joel Santana lança biografia relembrando sua carreira de 60 anos no futebol,destacando seus 8 títulos estaduais e a derrota marcante para o América-MEX. Conhecido por seu estilo paternal e político,busca manter-se ativo no esporte através do Canal do Joel no YouTube. O livro,escrito por Wilson Rossato,revela histórias e curiosidades,incluindo sua passagem pela seleção sul-africana e desafios com o idioma inglês. Joel também comenta sobre a atual situação dos técnicos brasileiros e estrangeiros no cenário do futebol.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Aos 76 anos,Joel Santana diz aproveitar bem a atual fase da vida. Compartilha seu tempo entre idas à praia de Copacabana,os netos,o hábito de assistir a filmes e o imóvel no bairro do Recreio. Está há sete anos afastado da função de técnico,da qual se aposentou. Mas não do futebol.
— Não tenho como não sentir saudades. Estava agora há pouco vendo programa de esportes na TV — contou ao GLOBO na última sexta-feira. — Vejo tudo. O futebol é a minha vida. Botou o feijão e o arroz dentro de casa. Esta semana eu vi Botafogo x Flamengo,o Fla-Flu e jogos internacionais. Como se livrar do que fez parte da sua vida por 60 anos? É como uma tatuagem na pele.
O carismático ex-treinador não consome tanto futebol apenas por prazer. O esporte segue sendo um ofício. Ele abastece o Canal do Joel,que mantém no YouTube,com comentários sobre todos os jogos dos quatro grandes do Rio,além de contar as histórias vividas em 60 anos de carreira como jogador e técnico. Uma trajetória que agora está registrada em livro.
A biografia “Joel Santana,o verdadeiro King do Rio” (Ed. Tinta negra) resgata a carreira do treinador desde seu primeiro trabalho à frente de um time profissional,o Vasco entre 1986 e 1987. Seus títulos,as vitórias e as derrotas são contados. O livro,escrito pelo jornalista Wilson Rossato e com prefácio de Romário,será lançado amanhã,às 18h,na Livraria da Travessa do Barra Shopping.
Joel conquistou oito títulos cariocas — Foto: Selmy Yassuda/Divulgação
Oito estaduais
O título faz referência à uma especialidade de Joel: a conquista de Campeonatos Cariocas (a maioria deles numa época em que o torneio era mais relevante do que atualmente). Foram oito,distribuídos entre Vasco (três),Flamengo (dois),Botafogo (dois) e Fluminense (um). Único campeão estadual pelos quatro grandes,faz questão de exigir para si o posto de Rei do Rio.
Já entre as derrotas,nenhuma ficou tão marcada quanto a sofrida para o América-MEX,no Maracanã,em 2008. Os 3 a 0 eliminaram o Flamengo da Libertadores e mancharam a festa de despedida do técnico,a caminho da África do Sul. O treinador reconhece que não estava bem emocionalmente para comandar o time naquele jogo. Mas evita seguir se lamentando. Para ele,frustrações maiores foram nunca ter dirigido a seleção brasileira e nem trabalhado com Zico.
Joel também ficou conhecido pela capacidade de gerir elencos e ser querido pela grande maioria dos jogadores com os quais trabalhou,desde grandes estrelas a coadjuvantes. Principalmente pelo seu estilo paternal,reforçado ao longo da carreira. Este perfil “paizão” se sobressaiu tanto que ofuscou,perante público e imprensa,sua capacidade de montar times.
— O que você acha que os jogadores diziam de mim? Que o Joel só chegava e falava “Vamos ganhar”? Minhas ideias estavam todas na minha prancheta.
Joel é,acima de tudo,político. Para o lançamento de sua biografia,esforçou-se em convidar o máximo de jogadores e demais profissionais da bola com quem trabalhou. Ao longo desta entrevista,tentou não se esquecer de nenhum nome “para não magoar”.
Nascido no bairro de Olaria,no subúrbio do Rio,o técnico sempre se orgulhou de sua simplicidade,o que o ajudou a conquistar os torcedores. Mas se voltou contra ele quando,no comando da seleção sul-africana (2008 e 2009),tentou se comunicar em inglês mesmo sem saber. Virou alvo de chacotas no Brasil.
— Quando comecei a pensar no livro,sabia que ia ter que abordar a questão do inglês. Achava que iria colocar no capítulo da seleção da África do Sul. Mas encontrei tanta coisa na pesquisa que virou um capítulo à parte — conta Wilson Rossato. — Mas isso fez com que ele se tornasse conhecido além do meio do futebol e passasse a fazer diversas propagandas (entre elas,de uma marca de refrigerante e uma de xampu). Diria que ele fez do limão uma limonada.
Uma volta por cima como a que Joel espera ver entre os técnicos brasileiros. Ele está preocupado com o sumiço de veteranos,como Tite e Felipão,e a perda de espaço para estrangeiros. Aposta em Filipe Luís,do Flamengo,e pede mais paciência com Fábio Carille,do Vasco (“o time é fraco”). Entre os gringos,considera Abel Ferreira muito bom. Mas acha o palmeirense “malcriado”. Um puxão de orelhas bem ao estilo do Papai.