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Com piscina de Abu Dhabi, aéreo vira norte para evolução do surfe feminino: 'Faz toda diferença', diz Tatiana Weston-Webb
2025-02-14
HaiPress
Canadense Erin Brooks,17,é destaque da nova geração de estrangeiras na elite do surfe feminino — Foto: Marcelo Maragni/Red Bull
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 13/02/2025 - 18:00
Surfistas femininas inovam em piscinas de ondas: Caitlin Simmers lidera revolução com aéreos,enquanto brasileiras buscam destaque.
Novas gerações de surfistas femininas buscam evoluir com a ajuda de piscinas de ondas,destacando-se a americana Caitlin Simmers. A prática de aéreos,ainda incomum entre mulheres,é essencial para pontuações altas. Brasileiras como Tatiana Weston-Webb ressaltam a importância da inovação e adaptação. A presença de piscinas de ondas pode reduzir a discrepância de oportunidades entre atletas estrangeiras e brasileiras,promovendo o avanço do surfe feminino.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Não há dúvidas que a evolução do surfe feminino passa pelas piscinas de ondas. A estreia da etapa de Abu Dhabi,nos Emirados Árabes,na elite da WSL (Liga Mundial de Surfe),com início das mulheres,à 0h (de Brasília),neste sábado,é mais uma oportunidade de ouro para elas mostrarem que o processo de crescimento indica um futuro não só promissor,como possível de ser alcançado em breve. Para que a ascensão tenha efeito na prática,a nova geração de estrangeiras,liderada pela americana e atual campeã mundial,Caitlin Simmers,19 anos,busca alçar os primeiros voos para o início de um nova era com os aéreos.
Por mais que existam novas joias no tour,essa manobra ainda é raridade nas competições femininas,o que é,guardadas as devidas proporções,um cenário totalmente inverso nas masculinas,a exemplo da Brazilian Storm. Isso não quer dizer que as mulheres não têm capacidades técnica e física para "decolarem" com a prancha embaixo dos pés,mas,ao mesmo tempo,essa escassez de aéreos mostra certa falta de confiança para garantir a pontuação necessária nas baterias.
Com cada vez mais piscinas de onda ao redor do mundo,a tendência é que mais meninas façam a transição ao profissional com um jogo de aéreos de até então difícil alcance. Além de Simmers,a estreante canadense Erin Brooks,já esbanja talento e aptidão por essa manobra ao saber usar a seu favor o uso da tecnologia. As duas surfistas da nova geração ficaram conhecidas justamente pela progressividade no repertório técnico,com vídeos voando em sessões livres nas ondas artificias.
— No mar,as condições variam o tempo todo,e nem sempre temos a junção perfeita para treinar essa manobra. Já na piscina,as ondas são mais constantes,então podemos repetir o movimento várias vezes até aprimorar a técnica e ganhar mais confiança. Isso faz toda a diferença porque os aéreos exigem muita precisão,tempo de voo e aterrissagem perfeita — diz Tatiana Weston-Webb,medalhista olímpica de prata em Paris-2024.
No cenário brasileiro,há menos piscinas de onda à disposição das surfistas,o que torna-se uma desvantagem em comparação ao nível alcançado pelas estrangeiras. Tatiana destaca justamente essa diferença de oportunidades na formação como atleta:
— Como elas (estrangeiras) têm mais oportunidades de treinar essas manobras em um ambiente controlado,a repetição acelera o aprendizado. Mas,as surfistas brasileiras têm algo muito forte: a criatividade e a adaptação. Com o crescimento do surf feminino e mais investimentos em piscinas de ondas,acredito que essa diferença vai diminuir e que veremos cada vez mais brasileiras inovando nos aéreos.
O Brasil já contou com uma surfista de destaque nos aéreos. A experiente Silvana Lima,40,vice-campeã mundial em 2008 e 2009,foi uma das pioneiras em lançar essa manobra nas competições,o que representou um marco para o surfe feminino. Inclusive,a ex-integrante da elite mundial precisou passar por cirurgias no joelho,o que,inevitavelmente,a limitou em voar em meio ao impacto físico da aterrissagem.
— Algumas piscinas têm sessões melhores para fazer os aéreos,como a Boa Vista Village,em São Paulo. Já aqui em Abu Dhabi,a tecnologia usada não é feita tanto para aéreos e,por isso,não devem ter muitos no evento. Isso vai depender da tecnologia empregada nas piscinas — ressalta a brasileira.
Na fase classificatória de Abu Dhabi,Tatiana enfrenta a havaiana Gabriela Bryan e a australiana Sally Fitzgibbons. Quem ficar em primeiro,avança às quartas de final. Outra representante da bandeira verde e amarela é Luana Silva,que duela com a americana Caroline Marks e australiana Isabella Nichols.