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Último prédio previsto no Plano Lúcio Costa, de 1969, será erguido na Barra da Tijuca
2025-02-06
IDOPRESS
Coupé Torre será construido no ultimo terreno com possibilidade de 30 pavimentos na Barra da Tijuca,dentro do plano Lúcio Costa — Foto: Divulgação
RESUMO
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Torre H: Último Prédio de Luxo na Barra da Tijuca
Último prédio previsto no Plano Lúcio Costa,Torre H,será erguido na Barra da Tijuca. Projeto abandonado de Oscar Niemeyer será entregue este ano como Coupé Tower. Estrutura retangular com luxo e vista para o mar,seguindo padrões modernos. Previsão de entrega em 2029,com unidades de até R$10 milhões.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Ao projetar a ocupação da Barra da Tijuca,na Zona Oeste do Rio,o arquiteto e urbanista Lúcio Costa imaginou como seria a vista do bairro até de quem está no mar. Para aproveitar o belo desenho das montanhas e o horizonte da praia,a depender de onde o observador admira a paisagem,foi desenhada a construção de 80 torres cilíndricas espalhadas pela região e espaçadas para não atrapalhar a vista. Quase seis décadas depois,o último terreno delimitado por Costa para receber um prédio de 30 andares começará a ser construído neste ano.
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O prédio será construído em um terreno na quadra da praia,na altura do Posto 5,e aqueles moradores que não tiverem vista do mar de suas varandas poderão apreciar a vista do oceano de um lounge no 18º andar do edifício,onde uma área comum será criada. Batizado de Coupé Tower,o projeto de luxo da RJZ Cyrela,não seguirá a planta cilíndrica imaginada por Lúcio Costa em 1969. A inspiração da empresa é criar uma estrutura que lembre velocidade e abusar das linhas não orgânicas para isso.
Na fachada,por exemplo,será usada fibra de vidro,pintura automotiva e revestimentos cerâmicos,que permitem flexibilidade e resistência à maresia. Um dos braços da montadora Porshe,a Porsche Consulting foi contratada para fazer a consultoria do projeto. No térreo,a piscina terá uma raia de 25 metros e,entre os serviços,os moradores terão um concierge.
As vendas ainda não foram abertas,mas o mercado estima que as unidades mais caras cheguem aos R$ 10 milhões. A torre,com 142 unidades que variam de 85m² e 245m²,terá a companhia de um prédio residencial de seis andares com outros 28 apartamentos construído no mesmo terreno. Segundo a Christiane Nava,gerente de produto da RJZ Cyrela,a mudança de um formato cilíndrico para retangular foi para melhor aproveitar a planta do edifício. Ela explica ainda que foi feito um estudo para ter a certeza que o prédio não fará sombra na praia,apesar de sua proximidade. A previsão de entrega das chaves é 2029.
— Temos uma joia em mãos. A partir do sétimo pavimento todos têm vista para o mar na lateral ou frontal. Esperamos que o maior perfil sejam de moradores do Rio,mas também estamos focando em potenciais compradores internacionais,de Minas Gerais,São Paulo e Goiás — explica ela.
O arquiteto e urbanista Washington Fajardo conta que a sombra na praia foi uma das preocupações do Lúcio Costa ao projetar a Barra da Tijuca. Em Balneário Camboriú,em Santa Catarina,as sombras projetadas pelos arranha-céus na areia são alvo frequente de críticas. Em sua avaliação,no entanto,houve uma falha ao imaginar um bairro muito dependente do transporte individual,o que resultou em problemas crônicos de trânsito.
— Ele procurou equilibrar essas torres com condomínios horizontais para encontrar uma solução à essa paisagem. Sua preocupação era que um crescimento sucessivo poderia consumir essa natureza,como o que aconteceu em bairros da Zona Sul — explica ele.
Das 80 torres cilíndricas apenas quatro foram construídas Os outros espaços foram usados para outros projetos imobiliários,como prédios residenciais Do desenho de 1969,foram erguidas as torres Charles de Gaulle,Ernest Hemingway e a Abraham Lincoln,também conhecida como Torre H,desenhadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
Torre H está em obras após décadas abandonada — Foto: Divulgação
Somente as três primeiras foram entregues,e a última ficou abandonada por décadas. Em 2023,as obras foram retomadas batizada como Niemeyer 360° pela incorporadora Capital 1. Serão 448 apartamentos distribuídos em 37 andares,com previsão de entrega para o final do ano.. Segundo a empresa,quase 65% da obra já foi concluída.
— Houve trabalhos de inspeção minuciosa da estrutura,e de recuperação pontual onde necessário. A obra foi paralisada em um estado bem avançado,com revestimentos que protegeram bem a estrutura contra intempéries — explica Antônio Carlos Osório,sócio da companhia.