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Altos de Trump, uma colônia israelense nas Colinas de Golã, se prepara para expansão após queda do regime de Assad
2024-12-20 HaiPress
Altos de Trump,nas Colinas do Golã — Foto: Emmanuel DUNAND / AFP
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 19/12/2024 - 17:39
Colônia Altos de Trump na Colina de Golã se expande sob Israel,fortalecendo fronteiras
Após a queda do regime de Assad,colônia Altos de Trump,nas Colinas de Golã,se prepara para expandir,homenageando Trump. Israel planeja dobrar a população,investindo em segurança e crescimento. A região é estratégica,tendo enfrentado ataques e agora busca fortalecer suas fronteiras. Novas infraestruturas e colônias são planejadas,em meio a tensões na região. A comunidade vê no local um futuro seguro,apesar dos desafios.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Após a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria,a colônia Altos de Trump,localizada nas Colinas de Golã,um território parcialmente ocupado por Israel,se prepara para duplicar sua população nos próximos anos. O nome é uma homenagem ao presidente eleito dos Estados Unidos,Donald Trump,que em 2019 reconheceu a soberania de Israel sobre esse planalto,um território sírio,sendo o único país a fazê-lo até agora.
Contexto: Saiba o que são as Colinas de Golã,território sírio onde Israel amplia presença militar após queda de AssadCríticas internacionais: ONU afirma que presença israelense em zona desmilitarizada nas Colinas de Golã é 'violação de acordo'
Cinco anos após sua inauguração,a colônia abriga cerca de 26 famílias judias que vivem em um conjunto de casas improvisadas e caravanas. No entanto,nos próximos meses,o objetivo é duplicar sua população,afirmou na terça-feira à AFP um dos líderes da comunidade,Yarden Freimann. Em três anos,espera-se que 99 famílias se mudem para as novas habitações.
O governo israelense aprovou no domingo destinar 40 milhões de séquels (R$ 67,7 milhões) para duplicar a população judia das Colinas de Golã,um plano consequência da queda do presidente Assad na Síria,em 8 de dezembro,devido à ofensiva fulminante de um grupo de forças rebeldes.
Altos de Trump,nas Colinas do Golã — Foto: Jalaa MAREY / AFP
Israel conquistou a maior parte do Golã durante a guerra árabe-israelense de 1967 e,em 1981,anexou os dois terços que controla atualmente. Nos últimos dias,decidiu deslocar suas tropas israelenses para uma zona até então supervisionada pela ONU.
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Desde a queda de Assad,as forças israelenses realizaram centenas de ataques contra instalações militares sírias,pois dizem querer evitar que armamentos caiam em mãos hostis. O país agora é governado por um novo Executivo liderado por islamistas.
'Fronteira civil forte'
Na colônia judia,o novo orçamento foi muito bem recebido,ainda mais após um ano marcado,nesta região,pelos disparos de foguetes e ataques de drones do movimento islamista libanês Hezbollah,apoiado por Irã.
— Estamos muito felizes que o governo compreenda a importância do Golã e a necessidade de investir,não apenas em segurança,mas também no crescimento da comunidade — disse Yaakov Selavan,vice-presidente do chamado Conselho Regional das Colinas de Golã. — Somos a fronteira nordeste de Israel,não estamos aqui apenas pelas vistas.
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Altos de Trump,nas Colinas do Golã — Foto: Jalaa MAREY / AFP
Segundo ele,o ataque de Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023 demonstrou "a necessidade de uma fronteira civil forte".
— Após a pior tragédia da história do moderno Estado de Israel,agora precisamos continuar construindo e reconstruir de forma melhor — garantiu Selavan,que vive em uma colônia vizinha chamada Yonatan.
Na região,vivem cerca de 30 mil judeus ao lado de 23 mil drusos,cuja presença é anterior à ocupação.
O plano de expansão prevê melhorar estradas e infraestruturas e criar três novas colônias,uma ao lado dos Altos de Trump e outra em um território disputado com o Líbano.
Os Altos de Trump tem atualmente cerca de 70 adultos e mais de 60 crianças menores de 13 anos,segundo Freimann. Apesar das tentativas do governo,até agora o crescimento da população tem sido lento.
Em frente a uma das pequenas casas da colônia,Yedidya Ostroff,de 31 anos,que chegou na terça-feira com sua esposa,limpa galhos e folhas caídas.
— Viemos aqui porque a visão desta comunidade,as pessoas daqui e suas aspirações para o futuro eram as adequadas para nós — conta.
Quando perguntado se se preocupa com a segurança,ele responde:
— Não estou preocupado. Isso é o único que conhecemos,infelizmente. Espero que a calma se mantenha,mas essa é a nossa realidade.