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Lucros dos quatro maiores bancos privados sobem 10,7% até setembro
2024-11-01 HaiPress
Assim,a soma dos resultados líquidos destes bancos foi superior à registada no acumulado dos três primeiros trimestres de 2023 em 245,4 milhões de euros,continuando a ser impulsionada pela margem financeira - a diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos.
Entre janeiro e setembro deste ano,Millennium BCP,Santander Totta,Novo Banco e BPI acumularam uma margem financeira de 4.979,9 milhões de euros,mais 6,5% que há um ano.
No período em análise,o Novo Banco foi o único destes quatro bancos com uma quebra homóloga nos seus lucros,baixando 4,4%,para 610,4 milhões de euros.
Apesar de a sua margem financeira ter subido 6,6%,para 886,3 milhões de euros,a instituição liderada por Mark Bourke,viu os seus resultados líquidos recuarem devido ao aumento de provisões.
No que a ganhos diz respeito,o Santander foi o que mais ganhou nos primeiros nove meses -- tanto em termos absolutos,como em termos percentuais. Num período em que a margem financeira do banco subiu 20,5%,para 1.244,também os lucros subiram 25,2%,para 778,1 milhões de euros.
Já os resultados líquidos do Millennium BCP,liderado por Miguel Maya,avançaram 9,7% nos primeiros nove meses do ano,para 714,1 milhões de euros,não obstante a descida de 0,3% da margem financeira (2.110,8 milhões de euros).
Os lucros do BPI aumentaram 13,8% no período,para 444,também à boleia da subida de 6,5% da margem financeira -- 738,4 milhões de euros.
Nos primeiros nove meses do ano,estes quatro bancos tiveram também subidas tanto nos depósitos (6,4%),como nos créditos concedidos (2,8%).
No total,BCP,Santander,BPI e Novo Banco contavam com um total de 178,18 mil milhões de euros em depósitos e com 163,85 mil milhões de euros em créditos no final de setembro deste ano.
Em 2023,os lucros dos bancos foram beneficiados pelas altas taxas de juro nos empréstimos e lenta subida das taxas de juro nos depósitos,acabando por beneficiar a margem financeira,já que esta é a diferença dos juros cobrados pelos bancos nos créditos e os juros pagos pelos bancos nos depósitos.
Desde que o Banco Central Europeu (BCE) começou a subir as taxas de juro diretoras em meados de 2022,para combater a inflação,que isso tem tido impacto no aumento dos créditos dos clientes bancários indexados a taxa de juro variável (sobretudo Euribor).
Em 17 de outubro deste ano,o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano,a segunda consecutiva,para 3,25%,face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.