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Jovens representaram 54% dos novos créditos à habitação em agosto
2024-10-27 HaiPress
De acordo com dados do Banco de Portugal (BdP),em resposta a questões colocadas pela Lusa,as pessoas até aos 35 anos representaram em média 41% dos novos contratos de crédito para a compra de habitação própria e permanente realizados ao longo do primeiro semestre.
Em julho,recuaram para os 30%,tendo aumentado para os já referidos 54% em agosto,mês em que as pessoas até aos 35 anos passaram a beneficiar de isenção total ou parcial (em função do valor de aquisição da casa) de IMT e de Imposto do Selo na compra da primeira habitação.
Os dados do BdP não indicam o montante médio dos empréstimos concedidos por segmento etário,mas a evolução registada vai ao encontro dos sinais que foram sendo dados pelos agentes do mercado imobiliário,nomeadamente de que após tentativas para adiar a formalização da compra da casa de forma a beneficiarem do IMT Jovem e da isenção do Imposto do Selo,há mais pessoas até aos 35 anos a adquirir imóveis.
O 'peso' dos mais novos na compra de habitação própria e permanente continuou a sentir-se em setembro,mês em que representaram exatamente metade dos novos empréstimos concedidos para este fim.
Estes dados,refira-se,dizem respeito a novos contratos de crédito à habitação própria e permanente 'puros',ou seja,excluem renegociações,consolidações de crédito e transferências de crédito de um banco para outro.
Dados facultados à Lusa pelo Ministério da Juventude e Modernização no início deste mês indicavam que no primeiro mês e meio (entre 01 de agosto e 18 de setembro) do IMT Jovem beneficiaram da medida 3.098 pessoas,tendo sido transacionadas 2.141 casas.
Ao abrigo desta medida,as pessoas até aos 35 anos têm isenção do IMT e do Imposto do Selo na compra da primeira habitação própria e permanente,sendo aquela isenção total para imóveis até 316.772 euros (4.º escalão do imposto) e parcial entre este valor e os 633.453 euros (parcela em que se aplica a taxa de 8% correspondente a este escalão). Estes intervalos vão ser atualizados em 2025,segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
A Lusa questionou o Ministério das Finanças sobre o valor médio de isenção naqueles dois impostos de que beneficiaram até agora as pessoas abrangidas pela medida e sobre o número atualizado de beneficiários,mas até ao momento não obteve resposta.