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EasyJet "planeia operar 62%" dos voos programados cá durante greve
2024-08-14 HaiPress
"Devido a esta ação de greve desnecessária,a easyJet teve de cancelar alguns voos do seu programa. No entanto,a companhia aérea planeia operar 62% do seu programa de voos em Portugal durante o período da greve",referiu a companhia aérea,numa nota enviada à Lusa.
Questionada pela Lusa,a easyJet esclareceu que "os 62% referem-se à operação original de voos programados com origem ou destino em Portugal antes da greve",ou seja,"a companhia prevê operar 62% dos voos originalmente programados que tocam em Portugal".
"Entre 15,16 e 17 de agosto,estávamos a planear 1.138 voos de e para Portugal,mas tivemos de cancelar 232 voos devido à greve. Isto significa que,de e para Portugal,estamos a planear voar 906 voos",disse a transportadora.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) convocou três dias de greve para todos os voos realizados pela easyJet,bem como para os demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos,"cujas horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00h01 do dia 15 de agosto e fim às 24h00 do dia 17 de agosto",segundo o pré-aviso entregue no dia 31 de julho.
Assim,um voo que tenha origem fora de Portugal,com destino,por exemplo,a Lisboa e regresso à base de origem não está abrangido pelo pré-aviso de greve.
Em comunicado divulgado hoje,o SNPVAC disse que na segunda-feira foram cancelados pela easyJet 42 voos que se juntam aos 174 anteriormente cancelados em aeroportos de todo o país.
No Porto,referiu o sindicato,estão cancelados pela empresa todos os voos abrangidos pela greve,só sendo realizados os definidos pelos serviços mínimos.
O SNPVAC apelou ao "bom senso da empresa,para que possa ceder nas justas reivindicações dos seus trabalhadores" e que "em vez de cancelar voos em série encontre soluções para evitar" a greve.
A greve foi aprovada em assembleia-geral,com 99% de votos a favor,e o sindicato acusa a empresa de ignorar as várias tentativas de resolução de questões laborais,entre as quais a falta de pessoal e o aumento do número de horas de trabalho.
Na semana passada,a easyJet lamentou o cancelamento de voos devido à "greve desnecessária" dos tripulantes de cabine e destacou que o número de trabalhadores aumentou em mais de 40 desde 2023. No ano passado,a empresa contava com 764 trabalhadores em Portugal,número que ascende agora a 806,disse.
A companhia adiantou que os clientes dos voos cancelados já foram contactados e que terão direito a um reembolso ou à transferência gratuita para um novo voo.
A easyJet aconselhou ainda os clientes que viajam de e para Portugal no período da greve a verificar o estado dos seus voos.
[Notícia atualizada às 17h49]