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Clébio Jacaré, candidato que pediu habeas corpus preventivo, declara ter R$ 4,2 milhões em dinheiro vivo
2024-08-13 HaiPress
Clébio Jacaré declarou ter um patrimônio de mais de R$ 49 milhões — Foto: Reprodução
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 12/08/2024 - 19:36
Candidato Clébio Jacaré: Patrimônio,Prisão e Eleições
O candidato Clébio Jacaré declara R$ 49,6 milhões em patrimônio,com R$ 4,2 milhões em dinheiro vivo. Ele já foi preso por suspeitas de desvio de verbas,mas o caso foi arquivado. Agora,busca habeas corpus preventivo para evitar nova prisão durante eleições. Sua fortuna cresceu 183,4% desde a última eleição. Jacaré é apoiado pelo partido União Brasil e está em empate técnico nas pesquisas para prefeito de Nova Iguaçu.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Postulante à Prefeitura de Nova Iguaçu,na Baixada Fluminense,Clébio Jacaré (União Brasil) declarou ter um patrimônio de R$ 49.627.070,13,sendo um dos candidatos mais abastados do Rio de Janeiro este ano. Se comparado à última eleição,o montante aumentou em 183,4%,considerando a correção de valores do Banco Central. Do total,R$ 4,2 milhões são em espécie. Os demais valores são distribuídos entre imóveis e benfeitorias.
Entrevista: Presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos fala em 'dar resposta definitiva' às vítimas da ditaduraGuerra na família Garotinho: Briga entre irmãos,desabafos públicos e disputa por poder
Em sua campanha,Clébio Jacaré destaca que passou de "de vendedor de lustres a grande empresário do estado do Rio" e que tem uma "vida dedicada ao trabalho evangelístico no Brasil". O político descreve na biografia do Instagram que é "empreendedor desde os 8 anos" e já teve trabalhos informais como camelô,garçom e copeiro. Seu perfil nas redes sociais mostra que ele é casado,cristão,pai de 4 filhos,tem 11 irmãos e é empresário autodidata.
Em 2022,o então candidato a deputado federal declarou acumular um total de R$ 15,9 milhões em bens,que em valores atuais equivalem a R$ 17 milhões. Na época,Clébio guardava R$ 5,1 milhões em espécie. No mesmo ano,em setembro,durante a corrida eleitoral,Jacaré foi preso pelo Ministério Público no âmbito da Operação Apanthropia por suspeitas de desvio de dinheiro público e organização criminosa. A denúncia dizia que ele tinha participado ativamente de esquemas de desvio de verba pública na Prefeitura de Itatiaia. Ele foi solto cerca de uma semana depois. O caso acabou arquivado.
Extensão de habeas corpus
Clébio Jacaré pediu,na última sexta-feira,um habeas corpus a extensão do período de 15 dias anteriores ao primeiro turno no qual candidatos não podem ser presos. Advogada de Clébio Jacaré,Maria Carolina Vianna afirma que ele sofre "risco iminente de ver cerceada a liberdade". Ela argumenta também que o cliente é "alvo de uma armação política".
"Desde aquele momento,o paciente possui receio de que voltem novas tentativas de cerceamento de sua liberdade,o que se agrava no presente estágio eleitoral,com a iminência de concorrer ao cargo da municipalidade. As ameaças e afrontas é patente,por suas redes sociais e demais meios,não sendo leviano aproximar que,de fato,o paciente possui a premência de ameaça aos seus direitos constitucionais",diz um trecho do documento.
Segundo Vianna,a prisão de Jacaré "desequilibrou o cenário político na época,impossibilitando a concorrência do então candidato ao cargo de deputado federal". A advogada atribui a derrota de Clébio Jacaré no pleito ao episódio. Ainda de acordo com ela,o inquérito policial que levou à prisão acabou arquivado.
Relembre o caso
No pedido de prisão deferido pelo juiz Marcello Rubioli à época,o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) apontava "que o esquema liderado por Jacaré arrenda informalmente prefeituras fluminenses mediante pagamento de propina a prefeitos e vereadores,e,no momento seguinte,inicia uma série de negócios escusos".
Artigo: O que o espírito esportivo de Simone Biles ensina aos candidatos de SP após o baixo nível do primeiro debate?
Veja fotos de Clébio Jacaré,um dos candidatos mais abastados do Rio de Janeiro
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Clébio Jacaré (União Brasil) é acusado de integrar organização criminosa no RJ que desviava recursos públicos com nomeações de fantasmas e contratações fraudulentas na prefeitura de Itatiaia — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
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Clébio Jacaré (União Brasil) é acusado de integrar organização criminosa no RJ que desviava recursos públicos com nomeações de fantasmas e contratações fraudulentas na prefeitura de Itatiaia — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
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Clébio Jacaré (União Brasil) é acusado de integrar organização criminosa no RJ que desviava recursos públicos com nomeações de fantasmas e contratações fraudulentas na prefeitura de Itatiaia — Foto: Reprodução
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Clébio Jacaré (União Brasil) durante campanha — Foto: Reprodução
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Clébio Lopes Pereira,o Clébio Jacaré (União Brasil) — Foto: Reprodução
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Clébio Jacaré (União Brasil) durante campanha — Foto: Reprodução
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Clébio Jacaré (União Brasil) durante campanha — Foto: Reprodução
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O candidato a deputado federal Clébio Lopes Jacaré — Foto: Reprodução
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Publicidade Candidato a deputado federal pelo União Brasil é acusado de integrar organização criminosa no RJ que desviava recursos públicos com nomeações de fantasmas e contratações fraudulentas na prefeitura de Itatiaia
As investigações mostraram que Jacaré atuava supostamente como uma espécie de prefeito paralelo e oculto em Itatiaia,tendo designado um homem de confiança,Fábio Alves Ramos,também preso na operação,para ser o chefe de gabinete do prefeito Imberê Moreira Alves (janeiro a junho de 2021). Assim que fecharam o negócio,Jacaré e seus parceiros providenciaram a exoneração de todo o secretariado e indicaram nomes para o seu lugar. Imberê se limitava a assinar os atos.
Em 2020,o nome de Clébio Jacaré apareceu nas investigações da Operação Favorito — que levaria à queda do governador Wilson Witzel — associado a dois empresários presos na ocasião por venderem máscaras ao estado a preços superfaturados. Um deles teria subcontratado uma empresa do grupo de Clébio para aplicar o golpe.
A primeira pesquisa Quaest sobre a eleição municipal de 2024 em Nova Iguaçu (RJ),mostrou uma situação de empate técnico triplo na liderança da disputa pela prefeitura. O ex-vereador Tuninho da Padaria (PT),apoiado pelo deputado federal e ex-prefeito Lindbergh Farias (PT),e o empresário Clébio Jacaré (União) aparecem com 18% das intenções de voto no levantamento estimulado. Apoiado pelo atual prefeito Rogério Lisboa (PP) e também pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),o presidente da Câmara Municipal,Dudu Reina (PP),soma 13%.