Pneu de avião que caiu em Vinhedo (SP) estourou em viagem entre Recife e Salvador, diz funcionária

2024-08-13 HaiPress

Imagens mostra danos em aeronave que caiu em Vinhedo (SP) — Foto: Reprodução

Imagens divulgadas nesta segunda-feira pelo Jornal Nacional mostram os danos sofridos pelo avião da Voepass,que caiu na última sexta em Vinhedo (SP),em um acidente ocorrido em março,na cidade de Salvador. Os registros mostram a parte inferior da cauda da aeronave ATR-72. Segundo uma funcionária,o pneu da aeronave estourou na decolagem. O acidente da semana passado matou 62 pessoas.

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No vídeo exibido pelo Jornal Nacional,é possível ver a estrutura interna dos pneus exposta,assim como o trem de pouso coberto por óleo. A fuselagem aparece quebrada em alguns pontos.

A aeronave fazia uma viagem de Recife até Salvador,quando o episódio aconteceu. Segundo um funcionário,um dos pneus teria estourado no momento da decolagem. Pedaços de borracha atingiram e danificaram o sistema hidráulico,o que dificultou o pouso.

"Os colegas de empresa contaram que o pneu desse avião já estava com problema,precisando de troca,mas não foi trocado talvez porque entenderam que estava ok para voo. Ele já estava com problema por canta dessa lesão que pegou na superfície que freia o avião. O avião bateu a cauda no chão. O piloto possivelmente tentou fazer o que pôde,estava dentro dos seus treinamentos,e o que resultou é que contaram que parece que o avião até levantou um pouco o nariz por conta da descompensação",disse uma funcionário,que não quis se identificar,ao Jornal Nacional.

Um registro feito no sistema de manutenção da companhia aérea indica que a batida causou "dano estrutural" na aeronave. O parecer final Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) não menciona a colisão com o solo e afirma que os danos foram leves. Após passar por reparos,o avião voltou a operar em julho.

Depois dos danos registrados,a aeronave ficou estacionada em Salvador por 17 dias,até 28 de março,quando foi encaminhada para o conserto na oficina da Voepass em Ribeirão Preto (SP). Depois de três meses,o avião voltou a voar comercialmente,mas sofreu uma despressurização durante um voo sem passageiros de Ribeirão Preto para Guarulhos. A aeronave precisou retornar à oficina da Voepass,onde ficou parada para novos reparos,até voltar a voar no dia 13 de julho.

Formação de gelo nas asas

Para o engenheiro aeronáutico Celso Faria de Souza,perito criminal em acidentes aeronáuticos e diretor da Associação Brasileira de Segurança de Voo (Abravoo),com base em imagens da queda,a formação severa de gelo nas asas deve ser levada em consideração como a principal hipótese para explicar o acidente.

— Havia previsão de formação de gelo na área do acidente. O gelo pode ter se formado na asa da aeronave e o sistema de degelo,por alguma razão,não funcionou. Com isso,o avião perde sustentação e cai da forma que vemos no vídeo — diz ele ao citar o boletim metereológico emitido naquele dia.

Segundo informações levantadas pelo Fantástico,o mesmo modelo já teria sofrido uma queda brusca ocasionada pelo acúmulo de gelo nas asas. Em um voo de Indianápolis para Chicago há 30 anos,o sistema que infla na parte da frente das asas não conseguiu expulsar todas partes congeladas,ocasionando a queda da aeronave.

Ao Fantástico,um ex-comissário da empresa afirmou que a empresa "colocava a segurança em segundo ou terceiro plano" por "visar mais o lucro". Ele também disse que o avião era apelido de "Maria da Fé" porque muitos questionavam "como um avião daquele estava voando". Outro funcionário ouvido pela reportagem relatou uma situação e que um palito de fósforo ou palito de dente foi usado para resolver um problema no nível de aquecimento de um dos sistemas.

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