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Abin paralela monitorou oito parlamentares, quatro ministros, perfil no Twitter e podcast crítico a Bolsonaro
2024-07-12 HaiPress
A sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 12/07/2024 - 05:03
Espionagem da Abin em críticos de Bolsonaro
Membros da Abin monitoraram autoridades,jornalistas e críticos de Bolsonaro. Espionagem clandestina incluiu ministros do STF,parlamentares e até perfis no Twitter e podcast crítico. Alvos também foram agências de checagem e movimento contra desinformação.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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O monitoramento clandestino feito por membros da Agência Brasileia de Inteligência (Abin) incluiu autoridades dos Três Poderes,além de jornalistas,agências de checagem,um perfil do X (antigo Twitter) crítico ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e até mesmo um podcast.
Flávio,Carlos e Jair Renan: Como três filhos de Bolsonaro usaram a estrutura da 'Abin paralela' para fins pessoaisAtivistas digitais: 'Abin Paralela' fez ações clandestinas contra coletivo Sleeping Giants Brasil,diz PF
Em representação sobre o esquema enviada ao STF,a Polícia Federal (PF) listou quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF),oito parlamentares ou ex-deputados e cinco integrantes do Poder Executivo,incluindo servidores,entre os espionados. O esquema,no entanto,ia além e incluía também diversos críticos de Bolsonaro.
No STF,foram monitorados os ministros Alexandre de Moraes,Dias Toffoli,Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. No Legislativo,os alvos incluem o atual presidente da Câmara,Arthur Lira (PP-AL),o ex-presidente Rodrigo Maia e quatros senadores que integraram a CPI da Covid: Alessandro Vieira (MDB-SE),Omar Aziz (PSD-AM),Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL).
A PF apontou,que a espionagem foi além. O militar do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues,que foi cedido pela Abin e é um dos investigados,afirmou que em uma mensagem que estava levantando informações sobre os perfis "Tesoureiros" e "Medo e Delírio em Brasília",esse último referente a um podcast de mesmo nome.
Podcast e o perfil no X 'Medo e Delírio em Brasília' — Foto: Reprodução
A página Tesoureiros (antigamente chamada Tesoureiros do Jair) ganhou notoriedade durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid,quando ajudou a levantar informações sobre os temas investigados pelo colegiado. Já o "Medo e Delírio" adotava um tom crítico à gestão Bolsonaro.
"As ações clandestinas relacionadas aos perfis do Twitter 'tesoureiros' e 'medo e delírio' declaradas pelo militar Giancarlo ao policial federal Bormevet resultou no 'dossiê' materializado no arquivo: 'Tesoureiros.pdf'",descreveu a PF.
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Outro alvo foi o movimento Sleeping Giants Brasil,um perfil anônimo nas redes sociais que costuma pressionar empresas a retirar a publicidade de sites,que,na visão deles,veiculam notícias falsas. Giancarlo Rodrigues afirmou,em mensagem enviada ao policial federal Marcelo Bormevet,que havia repassado informações sobre o coletivo para uma página do Twitter.
Rodrigues ainda levantou informações sobre as agências de checagem Aos Fatos e Agência Lupa,que avaliam a veracidade de declarações de autoridades e publicações em redes sociais,entre outros conteúdos.
Quem foi monitorado — Foto: Editoria de Arte