Geração Z é a que mais pede comida via delivery; fast-food lidera preferências

2024-07-07 HaiPress

Marco Antônio Victoy pede delivery quatro vezes por semana — Foto: Hermes de Paula

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 07/07/2024 - 04:30

Consumo de delivery de fast-food entre Geração Z e Millennials

A Geração Z lidera pedidos de comida via delivery,preferindo fast-food. Millennials também aderem por praticidade. Preocupação com saúde surge,mas preço e conveniência ainda impulsionam consumo de alimentos ultraprocessados.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.

LEIA AQUI

A tarefa de conciliar trabalho,estudo e afazeres domésticos levou o paulistano Marco Antônio Victoy,de 25 anos,a trocar as panelas e o fogão de casa por comidas prontas entregues por delivery. O hábito,que há dois anos era corriqueiro,saltou agora para uma frequência de quatro vezes na semana,pela facilidade de pedir o prato com o trabalho de apenas alguns cliques na tela do celular. Victoy não é o único: um levantamento da Ticket,marca de benefícios de alimentação,mostrou que essa tendência domina a Geração Z.

'Rave móvel': DJ reúne mais de 100 pessoas tocando em bicicleta em SPOutros sabores: Sommeliers de cachaça se igualam aos de vinho

De acordo com o estudo,feito com quase 10 mil pessoas,40% dos brasileiros pedem comida via delivery e 11% fazem de um a dois pedidos por semana. Mas quando analisados apenas os consumidores da geração Z,com idades entre 15 e 28 anos,esse percentual sobe para 51%.

— Como passo o dia inteiro fora de casa,costumo pedir pizza ou hambúrguer à noite. Durante o dia,tento manter uma alimentação mais saudável. Essa flexibilidade ajuda a variar minha comida e a lidar com os horários apertados — afirma Victoy,que tem gastos mensais que variam de R$ 700 a R$ 1 mil.

Recordista de pedidos,o fast-food é o item preferido dos consumidores em todas as faixas de idade: desde os menores de 20 anos (49,6%) até as pessoas com mais de 59 anos (31,7%). Em seguida,as categorias favoritas passam a ser comida brasileira,lanchonete,pizzaria e carnes.

Pesquisa da Ticket mostra o perfil de consumo dos adeptos da comida via delivery no Brasil — Foto: Editoria de Arte

A estudante Lorena Bulhões,de 20 anos,conta que escolhe fast-food porque percebe a maior presença desse tipo de restaurante nos aplicativos de delivery.

— Quando estou com fome e abro o app já fico inclinada a escolher algo nesse estilo. Pedir delivery é uma forma de variar e satisfazer meus desejos de vez em quando — relata.

Millennials (nascidos de 1984 a 1995) e Zs gostam do delivery por motivos diferentes. De acordo com Marina Roale,gerente de conteúdo do Grupo Consumoteca,consultoria especializada em direcionamento de negócios na América Latina,apesar de já terem passado dos 30,os nativos digitais,como também são chamados,enxergam a compra online como uma maneira de provar pratos diferentes de restaurantes de que gostam. Os mais jovens optam pelo serviço por preferir ficar em casa maratonando séries e jogos online com um pequeno grupo de amigos,em vez de virar noites em baladas.

— Os millennials sempre apreciaram experiências gastronômicas como escape da rotina,só que agora dão um peso ainda maior para a comodidade. Os Zs valorizam espaço de conforto físico e psicológico desde novos,e conseguem achar seus espaços de autonomia e individualidade dentro de casa — explica.

O delivery para os consumidores na faixa dos 20 anos também é um recurso para se jogar nas indulgências de cupons e descontos. A Ticket apurou,com base nas transações com o Ticket Restaurante (e os saldos de Restaurante do Ticket Flex e do Ticket Super Flex),o gasto médio do público. De janeiro a maio deste ano,o maior foi registrado nas compras de comida japonesa,R$ 84,80,enquanto o mais baixo foi nos pedidos de pratos mineiros,R$ 49,59 em média por refeição.

Luiza Mendes pede poke toda semana — Foto: Arquivo pessoal

Apaixonada pela culinária asiática,a carioca Luiza Mendes,de 27 anos,tem o costume de escolher dois dias na semana para pedir essa especialidade. Em um deles,compra uma barca com sushi e sashimi e no outro opta pelo poke,um dos principais pratos da cozinha nativa havaiana,que consiste em misturar peixe cru ou outros tipos de carne cortados em cubos a porções de legumes e arroz. Por mês,Luiza costuma investir cerca de R$ 230.

— Esse gasto de certa forma atrapalha meu orçamento. Mas eu não acho vantajoso fazer esse tipo de comida em casa,porque,o que eu mais peço é japonês. E acho difícil de fazer sozinha — diz.

Discurso e prática

Pedidos online em supermercados,que poderiam estimular o preparo de refeições em casa,ainda não são populares entre os usuários. De acordo com a pesquisa da Ticket,apenas 15% disseram ter o hábito de recorrer a essa opção,e 3% fazem pedidos todos os meses. Entre os consumidores da geração Z,a quantidade de pessoas habituadas a compras online nesses estabelecimentos sobe para 17%.

Deixar de lado a preparação caseira dos alimentos reacendeu o debate sobre o valor nutritivo das opções nos apps. Para a diretora do Conselho Federal de Nutrição,Manuela Dolinsky,apesar de a importância da comida saudável ser uma pauta crescente entre os mais jovens,o fast-food é a primeira opção de compra devido ao preço mais acessível.

— A conscientização da necessidade de reduzir no cardápio alimentos ultraprocessados é impulsionada por informações facilmente acessíveis. Mas muitos jovens ainda enfrentam dificuldades para encontrar opções saudáveis que sejam tão baratas e convenientes quanto as de fast- food — analisa.

Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.
©direito autoral2009-2020European Financial Journal      Contate-nos   SiteMap