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Maior iceberg do mundo estava na rota de pinguins bebês e focas em santuário marinho na Antártica; entenda
2025-03-05
IDOPRESS
Primeiro grande pedaço se desprende de maior iceberg do mundo — Foto: AFP/Nasa
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 04/03/2025 - 12:45
Iceberg Gigante Ameaça e Pode Beneficiar Ecossistema na Antártica
O maior iceberg do mundo,conhecido como A23a,representa um risco para o ecossistema marinho próximo à ilha Geórgia do Sul na Antártica. Com 3.360 km²,ele estava na rota de pinguins bebês e focas,ameaçando seu suprimento alimentar. Atualmente,o iceberg está parado a 73 km da ilha,o que pode evitar um impacto direto com a fauna. O derretimento do iceberg pode futuramente enriquecer o ecossistema local.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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O maior iceberg do mundo parece ter ficado imóvel a mais de 70 quilômetros de uma ilha remota na Antártica,o que pode evitar uma colisão com uma importante área de reprodução da fauna,anunciou nesta terça-feira o grupo de pesquisa British Antarctic Survey.
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A situação gerou preocupações sobre uma possível colisão ou encalhe em águas rasas próximas à ilha,o que poderia afetar o suprimento de alimento para pinguins e filhotes de focas. Embora o derretimento gradual do iceberg possa,no futuro,enriquecer o ecossistema marinho,sua presença imediata representava um risco de desestabilização da cadeia alimentar.
Esse colossal bloco de gelo,tem uma área de 3.360 quilômetros quadrados e um peso próximo de 1 bilhão de toneladas. Desde dezembro,vinha sendo impulsionado por poderosas correntes oceânicas em direção ao norte da Antártica,aproximando-se da ilha Geórgia do Sul.
vista aérea do iceberg A23a nas águas do Oceano Antárticista aérea do iceberg A23a nas águas do Oceano Antártic — Foto: Reprodução
Desde 1º de março,no entanto,o iceberg permanece parado a 73 quilômetros da ilha,segundo um comunicado do British Antarctic Survey. "Se o iceberg continuar encalhado,esperamos que não afete significativamente a fauna local",afirmou o oceanógrafo Andrew Meijers,responsável pelo monitoramento via satélite do A23a.
"Nas últimas décadas,vários icebergs que seguiram essa rota pelo oceano Austral se fragmentaram,se dispersaram e,por fim,derreteram rapidamente",explicou.
Porém,à medida que o iceberg se parte em pedaços menores,as operações de pesca na região podem se tornar mais difíceis ou potencialmente perigosas,acrescentou Meijers.
Por outro lado,"os nutrientes liberados pelo encalhe e pelo derretimento do iceberg podem aumentar a disponibilidade de alimento para todo o ecossistema regional,incluindo os pinguins e as focas",destacou.
O A23a se desprendeu da plataforma continental da Antártica em 1986 e permaneceu preso por mais de 30 anos antes de finalmente se liberar em 2020. Desde então,sua lenta jornada para o norte tem sido ocasionalmente interrompida pelas forças oceânicas que o fazem girar sobre seu próprio eixo.
Em janeiro,um pedaço de 19 quilômetros se desprendeu,mas os cientistas ainda não conseguem determinar com precisão quais serão as consequências disso para a trajetória e o futuro desse gigante de gelo.