PGR denunciou policiais envolvidos em bloqueios nas estradas nas eleições de 2022

2025-02-19 HaiPress

O procurador-geral da República,Paulo Gonet,durante sessão do STF — Foto: Gustavo Moreno/STF/04-09-2024

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GERADO EM: 18/02/2025 - 23:13

Procurador-geral denuncia policiais por plano golpista em 2022

Procurador-geral denuncia policiais por plano golpista nas eleições de 2022 para manter Bolsonaro no poder. Diálogo em grupo revela estratégias para influenciar votações. Denunciados por diversos crimes,incluindo organização criminosa e tentativa de golpe.

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O procurador-geral da República,incluiu na denúncia de golpe de Estado envolvidos no bloqueio das estradas no segundo turno das eleições de 2022. Foram denunciados o ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques e os delegados da Polícia Federal Marília Ferreira de Alencar e Fernando de Sousa Oliveira,que já haviam sido indiciados por tentativa de atrapalhar deslocamento de eleitores na eleição de 2022.

Gonet pontuou que os denunciados "coordenaram o emprego das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima de Jair Messias Bolsonaro no poder". A denúncia descreve a intenção golpista do ex-presidente Bolsonaro e pessoas também denunciadas por golpe desde 2021,com falas de ataque a outros Poderes e que colocavam dúvida sobre o sistema eleitoral brasileiro.

Na denúncia,Gonet explicou que após o primeiro turno das eleições de 2022,Marília,então Diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública,solicitou a elaboração de um projeto para coletar informações sobre os locais onde o presidente Lula havia obtido uma votação expressiva e onde Bolsonaro havia sido derrotado,com foco especial nos municípios da região Nordeste.

"A ferramenta figurava como elemento crucial na execução do plano de manutenção de Jair Bolsonaro no poder,uma vez que visava a reverter o favoritismo do oponente,percebido,tanto pelos resultados do primeiro turno quanto pelas pesquisas de intenção de voto no segundo turno",pontuou Gonet.

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Em um grupo de Whatsapp intitulado “OFF”,a delegada da PF discutia com Fernando e outro colega a elaboração de relatórios sobre a distribuição de efetivo de policiais federais nos estados após o primeiro turno das eleições de 2022,quando o presidente Lula terminou com mais votos que Bolsonaro.

Dentre as conversas,no dia 13 de outubro,ela enviou uma mensagem no grupo afirmando que na cidade de Belford Roxo,no Rio de Janeiro,havia necessidade de reforçar a PF,porque o prefeito era aliado de Lula. Ela se referia a Waguinho (MDB),uma das principais lideranças evangélicas que apoiou o petista.

“Belford Roxo o prefeito é vermelho precisa reforçar a pf. Menos 25 mil votos no 9”,escreveu. "Nove” é uma referência ao presidente Lula,como explicou a PF em seu relatório enviado à PGR.

Fernando era diretor de Operações do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Já em janeiro de 2023,ele ocupava o cargo de secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal,o número 2 de Anderson Torres,que era secretário de Segurança Pública. Gonet destacou que a perícia no celular de Fernando "também localizou diálogos relevantes sobre as ações da PRF,que reforçam o comportamento doloso dos denunciados".

Eles foram denunciados por organização criminosa armada,tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,golpe de Estado,dano qualificado pela violência e grave ameaça,contra o patrimônio da União,e com considerável prejuízo para a vítima,e deterioração de patrimônio tombado.

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