Em Bangcoc, restaurantes estrelados mostram que a gastronomia tailandesa vai além dos sabores da rua

2025-02-13 IDOPRESS

Prato do Gaggan at Louis Vuitton,restaurante que funciona na loja-conceito LV The Place,em Bangcoc,na Tailândia — Foto: Divulgação

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 12/02/2025 - 18:56

Gastronomia de Bangcoc: chefs premiados e fusões culinárias

Em Bangcoc,a gastronomia vai além das barraquinhas de rua,com restaurantes estrelados e chefs premiados. Destaques incluem o Potong,do chef Pam,e o Gaggan,com suas experiências inovadoras. O Nusara também se destaca,com um toque brasileiro na cozinha. Além disso,o Sühring oferece uma fusão de sabores europeus e locais em um ambiente único. Bangcoc encanta não só pela comida,mas também pela cultura e paisagens imperdíveis.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.

CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO

Quem desembarca em Bangcoc pela primeira vez tem fome. Depois de uma jornada de fôlego,com fusos confusos,o corpo quer comer e dormir,nesta ordem. É então que vêm ao nosso imaginário,alimentado por programas de gastronomia a vida toda,as cenas de barraquinhas de rua com pad thai fumegantes,espetinhos de gafanhotos,besouros e outros grilos mais. É isso mesmo,mas a capital da Tailândia tem muito mais. Em meio a 14 milhões de habitantes,trânsito caótico e calor insano,a cidade abriga uma cena gastronômica sofisticada,de dar água na boca aos hóspedes dos hotéis luxuosos da série “ The White Lotus”,cuja terceira temporada foi gravada no país e estreia em 16 de fevereiro.

Tailândia: uma cidade que adora galinhas é o tesouro a ser descoberto pelos turistas Bangcoc: de passeio no rio a bons drinques,concierge de hotel de luxo dá dicas de programas

Só de restaurantes com estrelas Michelin são 34. E nas últimas edições do prêmio “50 Best Asia”,nas categorias de melhor chef mulher e na de melhor chef homem,dois nomes de Bangcoc ficaram no topo.

Eleita a melhor chef mulher da Ásia,Pichaya 'Pam' Soontomyanakij comanda o restaurante estrelado Potong,na Tailândia — Foto: Divulgação

A chef Pichaya Soontomyanakij,também conhecida como Pam,é da quarta geração de uma família chinesa que comanda o Potong,restaurante instalado no casarão da antiga farmácia de manipulação em Chinatown. Com arquitetura linda,cinco pisos em madeira,o prédio de mais de 120 anos é um dos poucos antigos nesse bairro da capital tailandesa.

Um jantar ali não se esquece,20 tempos (sem pressa),que vamos provando aos poucos,em cada andar da casa,do balcão da antiga farmácia,no térreo,até chegar à cobertura.

Um dos salões do Potong,na Tailândia,restaurante de Pichaya 'Pam' Soontomyanakij,eleita a melhor chef mulher da Ásia — Foto: Divulgação

O serviço,à altura das duas estrelas Michelin da casa,inclui caixa de hashis trabalhados em marfim e ouro,cardápio com desenhos lindos,pratos que pareciam joias e uma combinação de clássico com contemporâneo,chinês com tailandês. O melhor pad thai da vida.

'Opera dinner’

Indiano de Calcutá,Gaggan Anand foi eleito o melhor chef da Ásia por quatro anos seguidos. Em dezembro passado,ele recebeu a chef Janaína Torres para comandarem juntos uma noite em sua cozinha em Bancoc — a dupla se reencontrá este ano no Rio,ao lado de outros chefs premiados pelo “50 Best”.

Indiano de Calcutá e atuando em Bangcoc,Gaggan Anand foi eleito o melhor chef da Ásia por quatro anos seguidos — Foto: Divulgação

Dono de um bom humor e irreverência ímpares,o chef está à frente de três empreendimentos. O Gaggan e o Ms. Maria & Mr. Singh dividem o mesmo prédio,e em março de 2024,o O Gaggan at Louis Vuitton abriu as portas na LV The Place,loja conceito da marca de luxo no coração de Bangcoc,um “cubo” cheio de interações high tech e bolsas,sacolas,sacolões,todas elas expostas (e o povo comprando) pelos muitos andares. Na cerâmica do restaurante,um globo terrestre se desmembra em muitas partes,cada uma representando uma sensação: doce,ácido,salgado e apimentado. Uma obra de arte.

— A ideia é unir as pessoas — disse Gaggan.

Prato de lagosta no Gaggan,restaurante do chef Gaggan Anand,na Tailândia — Foto: Divulgação

O chef chama os jantares que comanda de ópera dinner,na verdade,mais para rock dinner do que embalos líricos. Diz que é funny dining,a alta gastronomia com diversão. No balcão para 14 pessoas,Gaggan conduz o espetáculo ao centro: escolhe as músicas (rolou até Cazuza),dança,fala dos pratos (são 22),brinca,critica os insumos de cifras indigestas e avisa que a ideia é explorar o prazer,a diversão.

Lambemos alguns pratos (não se usa talher na casa). Teve biscoitos de brócolis,flor de aspargos e um snack que simulou um cérebro — era queijo de cabra (ufa). Junto ao pratos,os emojis em cerâmicas de muitas carinhas,sempre alegres. Inspirador. Sentei ao lado do “chefão” do “50 Best”,que se esbaldou.

Um toque brasileiro

Pratos do Nusara,restaurante do chef estrelado Thitid 'Ton' Tassanakajohn,em frente ao templo Wat Pho,na Tailândia — Foto: Divulgação

Wat Pho é um dos templos mais bonitos de Bangcoc. É justamente voltado para esse conjunto arquitetônico deslumbrante onde fica o Nusara,do chef Ton,ou Thitid Tassanakajohn,também dono de duas estrelas Michelin (por seu outro restaurante na cidade,Le Du). No imóvel,no centro antigo da cidade,funcionou a fábrica de tecelagem dos avós. É um belo restaurante,com o templo de moldura e cozinha thai refinada. É o único dali a contar com um chef brasileiro na cozinha: o paulista Marcelo Baruch,que viveu no Vietnã,é casado com uma francesa e foi parar em Bangcoc só para cozinhar no Nusara.

— Não ouço ou falo português há quase um ano — confidenciou Baruch,braço direito do chef Ton.

Prato do Sühring,restaurante dos gêmeos Mathias e Thomas em Bangcoc,que combina sabores europeus e tailandeses — Foto: Divulgação

E na rota das estrelas Michelin está o Sühring,dos gêmeos Mathias e Thomas. Os irmãos,de origem alemã,abriram o restaurante na casa onde nasceram e viveram com os pais,uma arquitetura dos anos de 1970 em meio a um jardim espetacular.

Ali fazem uma ponte entre os sabores europeus e locais,com vinhos fantásticos. O resultado justifica a inclusão nos rankings internacionais com “La Liste” e “50 Best”. O curry e o pato com nibs de cacau são para não esquecer. Quem quiser,senta na sala voltada para a cozinha aberta.

Entrada do Prato do Sühring,restaurante dos gêmeos Mathias e Thomas em Bangcoc — Foto: Divulgação

Entre um almoço e outro,ande de tuk tuk (mais barato do que táxi ou Grab,a versão local do Uber); visite os templos lindíssimos (de ombros cobertos,é o dress code); aproveite os lindos barcos pelo rio,que cortam a cidade e podem ser um bom meio de transporte. E,atenção: não espere jamais que algum carro pare para você atravessar a rua. Explore os mercados flutuantes ou os das proximidades,como o Chatuchak.

E as barraquinhas de comida de rua,claro. A da Jay Fai é a mais famosa,faz omelete de caranguejo que atrai multidão e agradou os inspetores do “Guia Michelin”,que lhe deram uma estrela. Na constelação de Bangcoc,estrelas mudam de lugar.

Luciana Fróes viajou a convite do restaurante Gaggan

Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.
©direito autoral2009-2020European Financial Journal      Contate-nos   SiteMap