Com 13 filmes brasileiros na programação, Festival de Berlim começa com homenagem a Tilda Swinton

2025-02-13 HaiPress

Ruas de Berlim já estão prontas para receber a 75ª edição do Festival de Cinema de Berlim — Foto: John MACDOUGALL / AFP

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GERADO EM: 12/02/2025 - 18:15

Festival de Berlim celebra cinema brasileiro

O Festival de Berlim inicia com homenagem a Tilda Swinton e exibe 13 filmes brasileiros. Destaques incluem "O último azul" de Gabriel Mascaro e presença de Fernanda Torres. Festival conta com cineastas renomados e diversidade de produções,consolidando o cinema nacional em grandes festivais. Em paralelo,séries brasileiras também marcam presença na programação.

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O tradicional Festival de Cinema de Berlim estende hoje o tapete vermelho para sua 75ª edição,que vai até 23 de fevereiro. A primeira noite do evento tem a entrega de um Urso de Ouro honorário para a atriz Tilda Swinton,grande homenageada do festival. Conhecida por trabalhos marcantes em obras como “O quarto ao lado” (2024),de Pedro Almodóvar,e “Precisamos falar sobre Kevin” (2011),de Lynne Ramsay,a atriz receberá o prêmio das mãos de Edward Berger,diretor de “Conclave” (2024) e que dirige Tilda no ainda inédito “The ballad of a small player”.

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A noite contará ainda com a première de gala do filme de abertura: “The light”,escrito e dirigido pelo cultuado cineasta alemão Tom Tykwer,de “Corra,Lola,corra” (1998). A sessão terá a presença da equipe do filme,de autoridades,convidados e do júri oficial formado pelos diretores Todd Haynes (presidente),Rodrigo Moreno e Nabil Ayouch; pela atriz e diretora Maria Schrader; pela atriz Fan Bingbing; pela figurinista Bina Daigeler; e pela crítica Amy Nicholson.

Cinebiografia

Em 2025,19 longas disputam o Urso de Ouro,incluindo novos trabalhos de diretores consagrados. O sul-coreano Hong Sang-soo apresenta “What does that nature say to you”,drama sobre um jovem poeta que fica impressionando ao visitar a casa dos pais de sua namorada. Já Richard Linklater traz Ethan Hawke e Margaret Qualley como protagonistas de “Blue moon”,cinebiografia do compositor Lorenz Hart. Jessica Chastain lidera o elenco de “Dreams”,do cineasta português Michel Franco,enquanto o romeno Radu Jude apresenta “Kontinental’ 25”,sobre uma oficial de justiça que mergulha na culpa após o suicídio de um homem que havia despejado. Marion Cotillard,em “La tour de glace”,Emma Mackey,em “Hot milk”,e Rose Byrne,em “If I had legs I’d kick you”,são outras personalidades que vão atravessar o tapete vermelho do evento.

O Brasil estará na mostra competitiva principal com “O último azul”,de Gabriel Mascaro. Estrelado por Denise Weinberg e Rodrigo Santoro,o filme se passa numa Amazônia distópica em que idosos são transferidos a uma colônia habitacional para passar os últimos anos da vida. O longa tentará repetir os feitos de “Central do Brasil (1998),de Walter Salles,e “Tropa de elite” (2008),de José Padilha,vencedores do Urso de Ouro no passado.

A seleção para a Berlinale confirma uma boa fase do cinema nacional nos grandes festivais do mundo. Em 2024,“Motel Destino”,de Karim Aïnouz,e “Ainda estou aqui”,de Salles,integraram as competições de Cannes e Veneza,respectivamente. A atual edição do Festival de Berlim exibirá ainda outros 12 filmes brasileiros em mostras paralelas,incluindo uma sessão especial do clássico restaurado “Iracema,uma transa amazônica” (1975),de Jorge Bodanzky e Orlando Senna. Novo filme de Anna Muylaert,“A melhor mãe do mundo”,com Shirley Cruz e Seu Jorge,integra a programação da mostra Berlinale Especial,enquanto o doc “Hora do recreio”,de Lucia Murat,será exibido na Generation,voltada a filmes infantojuvenis. Também na Generation estão “De menor”,de Caru Alvez de Souza,e “A natureza das coisas invisíveis”,de Rafaela Camelo,que retorna ao evento dois anos após apresentar “As miçangas” (codirigido por Emanuel Lavor).

TV e streaming

Descrito como um suspense erótico,“Ato noturno”,de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher,integra a programação da Panorama. Na mostra Forum Expanded,“Muito romântico”,de Melissa Dullius e Gustavo Jahn,conclui a seleção de longas brasileiros,mas a programação terá também cinco curtas nacionais: “Anba dlo” (coprodução entre Brasil,Cuba e Haiti),de Luiza Calagian e Rosa Caldeira; “Arame farpado”,de Gustavo Carvalho; “Atardecer en América” (coprodução de Brasil,Chile e Colômbia),de Matías Rojas Valencia; “Cartas do Absurdo”,de Gabraz Sanna; e “Zizi (ou oração da jaca fabulosa)”,de Felipe M. Bragança.

A programação de séries para TV/streaming prevê exibições de “Máscaras de oxigênio (não) cairão automaticamente”,dirigida por Marcelo Gomes; “Reencarne”,de Bruno Safadi; e “Sutura”,de Fabio Montanari.

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