Área cultural vira novo foco de tensão na gestão Ricardo Nunes

2025-02-11 IDOPRESS

O prefeito de São Paulo,Ricardo Nunes (MDB) — Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo

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GERADO EM: 10/02/2025 - 18:44

Prefeito de São Paulo enfrenta tensões na área cultural

Prefeito de São Paulo,Ricardo Nunes,enfrenta tensões na área cultural,com polêmicas envolvendo o novo secretário,artistas de rua na Paulista e reações à Lei anti-Oruam. Anuncia investimento de R$ 318,8 milhões no programa 'São Paulo +Cultura',em meio a controvérsias.

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O prefeito de São Paulo,Ricardo Nunes (MDB),anunciou nesta segunda-feira,10,um investimento de R$ 318,8 milhões para a área da Cultura. O montante,diz o Executivo,vai financiar projetos de teatro,dança,música e exposições. Batizado de “São Paulo +Cultura”,o programa chega em meio a desconfiança de vereadores de base com o atual secretário,José Antônio Totó Parente,uma insatisfação de artistas de rua com a atual gestão e de uma investida de vereadores de direita na área.

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De um lado,a relação de Totó com políticos de esquerda não foi bem vista pelos aliados de Nunes. O novo secretário já atuou no Ministério da Integração Nacional no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e como assessor especial da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O vereador Fábio Riva (MDB) deixou clara essa desconfiança,apesar de considerar o tema superado:

— O Totó,quando chegou,nós da Câmara Municipal,os vereadores,e o pessoal que cuida da cultura da cidade,ficamos com o olhar desconfiado. Mas o Totó foi dialogando com todos os segmentos,porque a cultura não tem cor partidária. A gente tem que começar a rasgar um pouquinho de que os segmentos são partidários,e não são. O segmento da cultura é de todos — disse o vereador em evento nesta manhã.

Em outra frente,Nunes enfrenta pressão de artistas de rua,que reclamam de fiscalizações que,segundo eles,tem impedido apresentações na Avenida Paulista aos domingos. Na semana passada,por exemplo,uma ação feita por funcionários da prefeitura e policiais militares surpreendeu artistas e bandas que se apresentam na região. Em nota,a gestão afirmou que a operação foi realizada em resposta às solicitações de moradores e associações que relataram barulhos e desordem no local.

Neste domingo (9),a fiscalização foi novamente realizada,mesmo diante de protestos dos artistas. Um grupo de trabalho,formado pela prefeitura,representantes da associação do bairro e artistas se reuniu na tarde desta segunda para regulamentar a atuação dos músicos e o uso de equipamentos de som na via.

— Você pode fazer tudo,tudo,que eles vão criticar — disse o prefeito sobre manifestações realizadas que contaram com o nome da esquerda como o vereador Nabil Bonduki (PT) e o ex-deputado Eduardo Suplicy (PT).

Nunes argumentou que está aberto para o diálogo,mas que é preciso ponderar o direito de todas à avenida.

— A Paulista é para todos,não é só para alguns. Não existe da nossa parte,de jeito nenhum,qualquer questão relativa à censura. Agora,para participar,tem as normas — pontuou o prefeito

Lei anti-Oruam

Outro tema sensível na área da Cultura é o projeto de lei da vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil). Conhecido como “lei anti-Oruam”,o texto tem como objetivo proibir shows que façam apologia ao crime e às drogas em eventos públicos. O nome foi dado em referência ao rapper Oruam,filho de um dos líderes do Comando Vermelho (CV),Marcio Santos Nepomuceno,o Marcinho VP. O projeto recebeu críticas por ser considerado uma perseguição a estilos musicais periféricos,como o rap e o funk. Nunes discordou.

— Foi na minha gestão que o funk teve um espaço no Theatro Municipal. Agora,apologia ao crime na cidade de São Paulo não irá acontecer — argumentou. Sobre o projeto de Vetorazzo,o prefeito disse:

— Ela associou (o projeto) à uma pessoa específica. Eu não conheço as músicas do rapaz,para você ver que eu tenho bom gosto pra música. Ela questionou sobre uma pessoa,não sobre a questão cultural. Então seria injusto dizer que a vereadora está fazendo qualquer tipo de ação contra o funk.

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