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Gastos bilionários das big techs com IA mascaram desaceleração nos investimentos das empresas nos EUA
2025-02-06
HaiPress
Google tem acelerado investimentos em IA — Foto: Amy Osbourne/The New York Times
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 05/02/2025 - 22:50
Investimentos em IA e Incertezas nos EUA
Gastos bilionários das gigantes de tecnologia em IA disfarçam desaceleração nos investimentos das empresas nos EUA. Sete grandes empresas aumentaram investimentos em imóveis e equipamentos,enquanto outras estagnaram. Preocupações sobre retorno do investimento em IA crescem,especialmente após empresa chinesa criar modelo de IA a custo reduzido. Incerteza,tarifas e guerras comerciais afetam decisões de investimento.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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À medida que as empresas dos Estados Unidos divulgam os resultados do quarto trimestre,um abismo está se abrindo entre as sete maiores companhias do índice S&P 500 (que reúne as 15 mais valiosas do mercado acionário americano) e todas as outras.
As gigantes (todas de tecnologia) estão aumentando seus investimentos em um ritmo acelerado,puxados principalmente pela inteligência artificial (IA),enquanto as demais companhias estão praticamente estagnadas.
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As estrelas de tecnologia do mercado americano — frequentemente chamadas de Sete Magníficas (Apple,Amazon,Alphabet/Google,Meta,Microsoft,Nvidia e Tesla) — aumentaram seus gastos empresariais não só em novas tecnologias,mas também em itens como imóveis e equipamentos. Elas investiram 40% a mais nessa categoria em 2024 do que no ano anterior,segundo estrategistas do Societe Generale SA.
Para o restante das empresas do S&P 500,o crescimento das despesas de capital foi de apenas 3,5% no último ano,acrescentaram os estrategistas.
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— Uma razão óbvia para o fraco crescimento do Capex (como os analistas chamam os investimentos das empresas) é a queda do fluxo de caixa operacional para as empresas do S&P 500,excluindo as do setor financeiro e as Sete Magníficas — escreveram os estrategistas liderados por Andrew Lapthorne em uma nota aos clientes.
As sete empresas mais valiosas dos EUA têm sido o motor de crescimento do índice de referência há algum tempo,com lucros,vendas e reservas de caixa crescendo significativamente mais rápido do que as outras 493 ações do índice.
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Para 2024,espera-se que os lucros das Sete Magníficas saltem 34%. Excluindo esse grupo,o lucro do S&P 500 deve crescer apenas 5%,segundo dados compilados pela Bloomberg Intelligence.
Os resultados ressaltam o fosso entre as gigantes e as demais do mundo corporativo americano. E tudo indica que os atuais padrões de investimento podem aprofundar essa divisão.
Ainda assim,fora do grupo das Sete Magníficas,o aumento dos investimentos em capital não tem sido uma receita de sucesso nos mercados. Normalmente,empresas com maiores gastos em imóveis,fábricas e equipamentos têm sido menos valorizadas por Wall Street em comparação com o mercado acionário mais amplo.
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Um índice do Goldman Sachs que acompanha 50 empresas americanas com os maiores gastos em Capex e pesquisa e desenvolvimento está prestes a ficar atrás do desempenho do S&P 500 pelo quinto trimestre consecutivo.
O investimento em capital,particularmente entre as big techs,tem sido um tema quente nos últimos meses,em meio a preocupações de que,apesar de essas empresas estarem injetando bilhões de dólares no desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial,o retorno desse investimento pode não vir tão cedo.
Essas preocupações cresceram rapidamente após a notícia da semana passada de que a startup chinesa DeepSeek havia criado um modelo de IA no mesmo nível dos desenvolvidos pelas principais empresas americanas do setor. Talvez ainda mais importante,a empresa afirmou ter feito isso a uma fração do custo de desenvolvimento,utilizando hardware menos potente.
Mesmo assim,o enorme potencial da IA para eventualmente transformar quase todos os setores faz com que as empresas de tecnologia continuem gastando parte de suas imensas reservas de caixa em pesquisa e desenvolvimento,na tentativa de vencer essa corrida. Já as outras 493 empresas vivem uma realidade um pouco diferente,lidando com preocupações sobre a inflação persistente,juros ainda elevados e incertezas relacionadas a múltiplas guerras comerciais no horizonte.
— O custo do capital aumentou e,historicamente,ele tem uma relação inversa com o Capex — disse Eric Diton,presidente da Wealth Alliance. — Se eu estivesse gerindo uma grande empresa,teria cautela antes de fazer investimentos enormes caso minha companhia possa ser prejudicada por tarifas — acrescentou.
As ações oscilaram na segunda-feira depois que o presidente dos Estados Unidos,Donald Trump,ordenou tarifas de 25% sobre todos os produtos vindos do Canadá e do México,mas depois as suspendeu por 30 dias,quando os líderes dos dois países se comprometeram a atender às suas exigências.
Enquanto isso,tarifas generalizadas de 10% sobre importações da China entraram em vigor na terça-feira,e Pequim retaliou com tarifas adicionais sobre cerca de 80 produtos,a serem implementadas em 10 de fevereiro. Além disso,o governo chinês abriu uma investigação antitruste contra o Google,endureceu os controles de exportação de minerais críticos e adicionou duas empresas americanas à sua lista de entidades não confiáveis.
— A incerteza é outro inimigo do capex,e neste momento há bastante dela — disse Diton.
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