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Justiça de SP autoriza prisão temporária de segundo envolvido em ataque a assentamento do MST
2025-01-13 IDOPRESS
Velório das duas vítimas de ataque a um assentamento do MST em Tremembé,no interior de São Paulo — Foto: Divulgação/MST
RESUMO
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Prisão autorizada em ataque ao MST em Tremembé: "Nero do Piseiro" colabora com investigações
Justiça autoriza prisão de envolvidos em ataque ao MST em Tremembé,que deixou 2 mortos e 6 feridos. "Nero do Piseiro" preso e colabora com buscas. Investigação aponta desentendimento sobre venda irregular de terreno como motivação. Ministério da Justiça e PF investigam ligação com crime organizado. Movimento MST critica falta de segurança nos territórios de reforma agrária.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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O Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido de prisão temporária da Polícia Civil de Ítalo Rodrigues da Silva,apontado como um dos comparsas de Antonio Martins dos Santos Filho,o "Nero do Piseiro",preso neste sábado. Ainda não localizado,Ítalo participou do ataque ao assentamento do MST em Tremembé,na região do Vale do Paraíba. O crime ocorrido na noite de sexta-feira deixou dois mortos e seis feridos.
Antes disso,a tarde,a Justiça já havia determinado a prisão temporária de "Nero do Piseiro",apontado como mentor intelectual. "Nero do Piseiro" foi preso ontem,após ser reconhecido por testemunhas. Após passar por audiência de custódia na manhã deste domingo,a Justiça determinou a prisão por 30 dias.
Ontem,a Secretaria Estadual de Segurança Pública anunciou que Nero passou a colaborar com as buscas. Ele já tinha passagem pela polícia por porte ilegal de arma de fogo e foi reconhecido por testemunhas. "Nero do Piseiro" permanece detido no centro de triagem de Taubaté.
A investigação ainda não tem o número de pessoas que fizeram o ataque ao assentamento,mas calcula cerca de 10 envolvidos,baseado no relato das testemunhas. O caso foi registrado como homicídio,tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.
Segundo o delegado Marcos Ricardo Parra,a principal linha de investigação é a de que o grupo executou membros do acampamento após desentendimento sobre uma eventual venda irregular de um lote do terreno.
Ataque
Integrantes do MST relatam que os criminosos invadiram a propriedade por volta das 23h da noite,em pelo menos cinco carros e duas motos,e efetuaram os disparos sem qualquer aviso. As vítimas estavam em um espaço coletivo do assentamento no momento do ataque.
Valdir do Nascimento,conhecido como Valdirzão,52 anos,e Gleison Barbosa de Carvalho,de 28 morreram no local. Os demais atingidos,com idades entre 18 e 49 anos,receberam atendimento no pronto-socorro de Tremembé e no hospital regional de Taubaté.
Velório das duas vítimas de ataque a um assentamento do MST em Tremembé,no interior de São Paulo — Foto: Divulgação/MST
O GLOBO procurou o Hospital Regional do Vale do Paraíba,gerido pela Sociedade Beneficente São Camilo,e a Secretaria Estadual da Saúde para atualizar o estado das vítimas neste domingo,mas a pasta declarou que não repassa informações de casos desse tipo. Deni Carvalho,que levou um tiro na cabeça e está em coma induzido,continua na UTI em estado grave,de acordo com informações do MST do Paraíba.
O movimento classificou a ação como um "massacre" e criticou a "falta de políticas públicas de segurança nos territórios da reforma agrária". O velório de Valdir e Gleison ocorreu na manhã deste domingo (12) no Cemitério Municipal de Tremembé. A cremação estava prevista para o início da tarde.
Além da Polícia Civil de São Paulo,o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar o ataque.
Em entrevista a CNN na tarde deste domingo,o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Paulo Teixeira afirmou que o ataque tem relação com o crime organizado.