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Netanyahu envia delegação ao Catar para negociar cessar-fogo, e Exército de Israel autoriza plano de retirada em Gaza, diz jornal
2025-01-12 IDOPRESS
Soldados israelenses fora da sede da Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas no centro de Gaza em 8 de fevereiro de 2024 — Foto: Sergey Ponomarev/The New York Times
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 11/01/2025 - 18:07
Negociações de cessar-fogo em Gaza e Líbano
O Exército de Israel aprova retirada em Gaza e Netanyahu envia delegação ao Catar para negociar cessar-fogo. Conversas visam libertação de reféns mantidos pelo Hamas. EUA e países mediadores pressionam por acordo. Guerra já causou milhares de mortes. Israel também planeja retirada do sul do Líbano em acordo com o Hezbollah.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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As Forças Armadas de Israel aprovaram planos para a rápida retirada de tropas de grandes áreas da Faixa de Gaza,informou o jornal israelense Haaretz neste sábado. A divulgação ocorre no mesmo dia em que o primeiro-ministro do Estado judeu,Benjamin Netanyahu,anunciou que uma delegação de altos funcionários liderada pelos chefes do Mossad,a agência de inteligência israelense,e do Shin Bet,o serviço de segurança interna israelense,viajará ao Catar para negociações sobre um cessar-fogo e a libertação dos reféns mantidos no enclave.
Contexto: Israel diz não ter informações sobre estado de reféns que o Hamas estaria disposto a libertar em acordo de cessar-fogoEntenda: Hamas diz estar disposto a libertar 34 reféns na ‘primeira fase’ de acordo com Israel
Segundo o Haaretz,o Exército examinou “várias opções” para a retirada de tropas de Gaza,incluindo por meio do corredor de Netzarim,que divide o território em dois. As Forças Armadas de Israel explicaram que têm capacidade para evacuar os soldados da área,apesar das numerosas infraestruturas e posições que estabeleceu lá. O órgão também esclareceu que está pronto para implementar qualquer acordo feito pelo governo,inclusive um que faria o Exército precisar retirar rapidamente suas tropas da Faixa de Gaza,acrescentou o veículo israelense.
O anúncio de Netanyahu sobre o envio da delegação ocorreu após o premier se reunir em Jerusalém com Steve Witkoff,o enviado especial do presidente eleito dos Estados Unidos,Donald Trump,para o Oriente Médio. Antes de chegar a Israel,Witkoff esteve em Doha,onde se encontrou com o primeiro-ministro Mohammed al-Thani. A viagem do americano tem como objetivo pressionar Israel,o grupo terrorista Hamas e os países mediadores a avançarem nas negociações em direção a um acordo,reiterando os apelos de Trump para alcançar um cessar-fogo antes de retomar ao cargo,em 20 de janeiro.
“Ao final da reunião [com Witkoff],o primeiro-ministro instruiu o chefe do Mossad,o chefe do Shin Bet,o general da reserva Nitzan Alon e seu conselheiro de política externa,Ophir Falk,a viajar para Doha para promover um acordo para a libertação de nossos reféns”,assinalou o gabinete de Netanyahu em comunicado.
A decisão foi bem recebida pelo Fórum das Famílias dos Reféns,organização civil criada para auxiliar as vítimas do atentado.
Apenas um breve cessar-fogo foi alcançado em 15 meses de guerra,e isso nas primeiras semanas de combate. As conversas,mediadas pelos EUA,Egito e Catar,têm enfrentado repetidos impasses desde então. Conforme publicado pela agência Associated Press,está em discussão um cessar-fogo em fases,com Netanyahu sinalizando estar comprometido apenas com a primeira delas,uma libertação parcial de reféns em troca de uma pausa de várias semanas nos combates.
As negociações indiretas entre Israel e o Hamas foram retomadas no último fim de semana no Catar e têm o objetivo de estabelecer um cessar-fogo em Gaza. Até então,porém,o Estado judeu não foi representado por altos funcionários. As conversas se concentram na libertação dos reféns sequestrados durante o ataque sem precedentes do grupo palestino ao território israelense em 7 de outubro de 2023,que desencadeou a guerra atual. Na ocasião,cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e outras 250 foram feitas reféns. Desses,96 ainda estão mantidos no enclave,das quais 34 foram declaradas mortas pelo Exército israelense.
A guerra de retaliação de Israel contra o grupo palestino em Gaza,por sua vez,já matou mais de 45,8 mil palestinos,de acordo com o Ministério da Saúde do território. Ele não diz quantos eram combatentes,mas afirma que mulheres e crianças constituem mais da metade das fatalidades. Por sua vez,o Exército israelense diz,sem fornecer evidências,que matou mais de 17 mil membros do grupo.
Retirada do território libanês
Ao Haaretz,um alto funcionário israelense disse que Israel irá retirar suas forças do sul do Líbano caso os termos do acordo de cessar-fogo com o Hezbollah sejam mantidos. Neste sábado,fontes familiarizadas com as discussões em Beirute informaram ao jornal saudita al-Akhbar que o enviado especial dos Estados Unidos,Amos Hochstein,garantiu aos oficiais libaneses que os EUA asseguram a retirada completa de todas as forças israelenses das regiões do sul libanês antes do prazo de 60 dias.
(Com AFP)