Pinhão contém prebióticos, revela novo estudo da Embrapa

2024-12-10 HaiPress

O pinhão é a semente da pinha — Foto: Divulgação/Zig Koch

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GERADO EM: 05/12/2024 - 15:30

"Pinhão: Benefícios para a Saúde Intestinal"

Um estudo da Embrapa revela que o pinhão possui prebióticos benéficos para a saúde intestinal,como o amido resistente e os FOS. Esses compostos promovem o crescimento de bactérias saudáveis no intestino,reduzindo o risco de doenças. A pesquisa,publicada na revista Food and Nutrition Sciences,destaca a importância nutricional do pinhão,sendo uma opção vantajosa para a dieta.

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O pinhão,a semente da pinha,faz parte do cardápio de brasileiros principalmente do Sul e Sudeste do país. Conhecido por ser nutritivo e com baixa caloria,o alimento apresenta outro grande benefício: dois grupos de prebióticos,o amido resistente e o FOS (fructooligossacarídeos),como mostra novo estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Os probióticos são microrganismos vivos – bactérias ou leveduras – que,quando ingeridos ajudam a manter ou ou introduzir microrganismos “saudáveis” ou “bons” no microbioma,trazendo benefícios à saúde. Enquanto os prebióticos são alimentos para os microrganismos.

“Os relatos da presença de compostos fenólicos,amido resistente e minerais como fósforo,potássio e magnésio,no pinhão,já eram de domínio da ciência. No entanto,a presença de frutooligossacarídeos (FOS) na semente de Araucária é um novo e importante achado”,explica Catie Godoy,uma das autoras do trabalho e pesquisadora da Embrapa,em nota.

Godoy também aponta que os compostos encontrados no pinhão haviam sido observados em outras fontes vegetais,como alcachofras,aspargos e chicória. Dessa forma,a semente pode se tornar uma boa opção para incluir na alimentação.

Para o estudo,três variedades de pinhão foram analisadas,Sancti josephi,Angustifolia e Caiova,que são colhidas em diferentes épocas do ano,correspondendo a diferentes estágios de maturação.

"Os amidos da variedade Sanct josephi apresentaram a maior quantidade de amido resistente que poderia estimular cepas probióticas,principalmente B. breve e L. plantarum",escreveram os autores.

As evidências encontradas pela equipe foram publicadas na revista científica Food and Nutrition Sciences.

“O amido resistente e o FOS são metabolizados pelos probióticos,mantendo a presença constante dessas bactérias benéficas no intestino. Ao crescerem em presença dessas substâncias,as bactérias como,por exemplo,as do gênero Bifidobacterium aqui estudadas,acumulam no ambiente,principalmente ácido butírico,e outras substâncias essenciais para a “renovação” do epitélio intestinal. Um ambiente intestinal saudável diminui risco de diversas doenças locais e sistêmicas”,detalha Célia Lúcia de Luces Fortes Ferreira,uma das autoras e professora na Universidade Federal de Viçosa (UFV).

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