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Solidão na velhice: um fator de risco para demências, aponta estudo
2024-11-30 HaiPress
Solidão na velhice aumenta em 31% o risco de desenvolver demência,aponta pesquisa — Foto: Freepik/ Reprodução
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 29/11/2024 - 13:06
Solidão na Velhice Aumenta Risco de Demências
Estudo aponta solidão na velhice como fator de risco para demências,aumentando em 31% o risco de desenvolvê-las. A interação social é crucial para prevenir declínio cognitivo. A solidão,diferente do isolamento social,pode ser modificada com medidas como dieta equilibrada e exercícios. Importância de valorizar e incluir os idosos para uma velhice saudável.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Uma revisão de estudos publicada na revista Nature Mental Health,em outubro,revelou que se sentir solitário na velhice pode elevar em 31% o risco de desenvolver demências e em 15% a probabilidade de comprometimentos cognitivos,como falhas de memória e dificuldade de concentração. Os dados foram obtidos a partir de relatos de mais de 600 mil pessoas e destacam a solidão como um problema crescente de saúde pública.
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A pesquisa,liderada por cientistas da Universidade Estadual da Flórida,demonstrou que a solidão persiste como um fator de risco independente para doenças neurológicas,como Alzheimer e demência vascular,mesmo quando outros fatores,como depressão e isolamento social,são considerados. Para os autores,os resultados reforçam a importância de desenvolver intervenções que minimizem esses riscos.
Apesar de frequentemente confundidos,solidão e isolamento social são diferentes. Enquanto o isolamento social ocorre devido à falta de uma rede de suporte,como familiares e amigos,a solidão é um sentimento que pode surgir mesmo em situações de convivência.
"A pessoa pode estar cercada por outros,mas se sentir só por não receber o suporte emocional necessário",explica a geriatra Thaís Ioshimoto,do Hospital Israelita Albert Einstein.
O impacto da solidão vai além das emoções. Segundo Thaís,a interação social estimula o cérebro,prevenindo comprometimentos cognitivos,que são comuns com a idade,mas normalmente leves e sem impacto na rotina. Quando essas dificuldades começam a interferir nas atividades diárias,como tomar remédios ou realizar tarefas básicas,o quadro pode evoluir para demência.
Ainda segundo a Agência Einstein,a boa notícia é que a solidão é um fator de risco que pode ser modificado. Medidas preventivas,como uma dieta equilibrada,prática de exercícios físicos e interação social,são essenciais. Outras ações incluem evitar a exposição à poluição,prevenir a perda auditiva e combater o etarismo. "Precisamos de uma sociedade que valorize e inclua os idosos,garantindo suporte emocional e social para uma velhice saudável",conclui Thaís.