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Avanço de partidos extremistas ameaça economia e demografia da Alemanha
2024-09-22 HaiPress
Depois da subida destes partidos nestas duas eleições,as próximas regionais,em Brandeburgo,no domingo,são consideradas uma prova de fogo para o atual chanceler,Olaf Scholz,e para o seu partido.
Na Turíngia,a Alternativa para a Alemanha (AfD),foi o partido mais votado com 32,8%,conseguindo o segundo lugar na Saxónia com 30,6% perto da liderança. O partido de Sahra Wagenknecht (BSW),da esquerda populista,criado no ano passado,conseguiu o terceiro lugar nos dois estados,tornando-se indispensável na mesa de negociações.
De acordo com uma sondagem levada a cabo pelo instituto ifo a 185 economistas,os resultados dos dois partidos deverão ter um "impacto negativo no desenvolvimento económico" destas regiões,67% tem esta previsão para a Saxónia e 74% para a Turíngia.
Menos de 30% classificam os resultados eleitorais como neutros para o desenvolvimento económico. E apenas uma minoria prevê um impacto positivo.
"O facto de haver uma avaliação tão unânime por parte dos peritos económicos de que a popularidade dos partidos radicais irá prejudicar gravemente a situação económica deve ser um sinal de alerta para a população",sublinha Niklas Potrafke,diretor do Centro ifo para as Finanças Públicas e Economia Política.
Mais de 80% receia que os resultados eleitorais da AfD tornem estas regiões menos atrativas para os trabalhadores qualificados.
Além de não conseguirem cativar novos profissionais,o Centro Alemão de Investigação sobre Integração e Migração (Dezim) alerta mesmo para a possibilidade de grande parte das pessoas com antecedentes migratórios estar a considerar a deixar a Alemanha.
De acordo com um estudo,quase 10% dos inquiridos nesta situação tem planos concretos para abandonar o país,e um em cada quatro pessoas admite considerar,pelo menos hipoteticamente,fazê-lo.
O inquérito,que abordou cerca de três mil pessoas,foi conduzido em março,antes das eleições regionais na Alemanha e antes das europeias,quando ainda eram apenas conhecidos os resultados das sondagens. Os analistas acreditam que os números possam agora estar a crescer.
No domingo estão marcadas novas eleições,desta vez no estado de Brandeburgo,onde governa o SPD coligado com os Verdes e a União Democrata-cristã (CDU). Este é um estado com um grande peso simbólico para o chanceler Olaf Scholz,já que foi sempre governado pelo seu partido desde a reunificação da Alemanha.
De acordo com as sondagens,a AfD vai à frente com 29%,seguida do SPD com 26% dos votos. O partido BSW ocupa o quarto lugar com 14%,perto da CDU com 15%.