Fenômeno La Niña: evento que pode ajudar a diminuir calor no planeta tem menos chance de ocorrer; entenda

2024-09-13 HaiPress

Estimativa é menor do que a apontada no meio do ano e passa a ser de 60% — Foto: Reprodução/OMM

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GERADO EM: 13/09/2024 - 04:00

Probabilidade de La Niña diminui,mas extremos climáticos persistem

A probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña diminui para 60% até o final do ano,segundo a OMM. Mesmo com a influência climática,os últimos anos foram os mais quentes já registrados. O resfriamento causado pelo La Niña não será suficiente para reverter o aquecimento global. Condições neutras prevalecem,mas extremos climáticos persistem.

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A Organização Meteorológica Mundial (OMM),um órgão da ONU,publicou nesta quarta-feira que há 60% de probabilidade de surgirem condições para o fenômeno La Niña no final deste ano. A estimativa aponta que houve uma "redução" da chance do evento ocorrer,já que em junho,era de 70% para que se formasse entre agosto e novembro.

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O La Niña consiste no resfriamento em larga escala das temperaturas da superfície do oceano no Pacífico equatorial central e oriental,em conjunto com mudanças na circulação atmosférica tropical,como ventos,pressão e precipitação.

Segundo a OMM,os últimos nove anos foram os mais quentes já registrados,mesmo com a influência de resfriamento de um La Niña de 2020 até o início de 2023. O evento El Niño,responsável por elevar as temperaturas,de 2023-24,foi considerado um dos cinco mais fortes já registrados antes de se dissipar.

A Secretária-Geral do órgão,Celeste Saulo,destacou detalhes sobre a eminência do fenômeno.

— Desde junho de 2023,temos visto uma longa sequência de temperaturas globais excepcionais da superfície terrestre e marítima. Mesmo que um evento de resfriamento de curto prazo La Niña surja,ele não mudará a trajetória de longo prazo do aumento das temperaturas globais devido aos gases de efeito estufa que retêm o calor na atmosfera.

Os efeitos de cada evento La Niña variam de acordo com sua intensidade,duração,época do ano em que se desenvolve e da interação com outros fatores climáticos. Segundo Celeste,as condições de ambos os fenômenos seguem neutras.

— Nos últimos três meses,condições neutras prevaleceram – nem El Niño,nem La Niña. Mas ainda vimos condições climáticas extremas generalizadas,incluindo calor intenso e chuvas devastadoras — declarou.

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