Pepe Mujica deixa hospital e participa de ato político no Uruguai; médica fala em cura do câncer

2024-08-28 HaiPress

Ex-presidente do Uruguai,Pepe Mujica,durante evento da campanha de Lula em São Paulo — Foto: Edilson Dantas

RESUMO

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GERADO EM: 28/08/2024 - 05:59

Pepe Mujica supera câncer e volta à política no Uruguai

Pepe Mujica recebe alta após tratamento oncológico e participa de ato político no Uruguai,mesmo frágil. Médica afirma que o câncer foi curado,mas ex-presidente enfrenta desafios de saúde. Mujica segue ativo na política,ao lado da esposa Lucía Topolansky,em meio a um momento delicado de sua saúde.

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O ex-presidente uruguaio José Mujica participou de um ato político na terça-feira,horas após receber alta do hospital onde havia sido internado na véspera por uma descompensação relacionada ao seu tratamento oncológico,pelo qual “está frágil”,segundo sua médica.

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— Hoje foi um dia pesado. Estou tentando me recuperar como posso,mas precisava estar aqui — disse o ex-mandatário de 89 anos,ao entrar em uma cadeira de rodas na sede central da coalizão de esquerda Frente Amplo (FA),principal força opositora do país.

Entre fortes aplausos,"Pepe" Mujica,um ex-guerrilheiro que foi presidente do Uruguai entre 2010 e 2015,anunciou a incorporação ao partido da jornalista Blanca Rodríguez,conhecida por apresentar por mais de 30 anos um dos principais telejornais do país.

Mujica,uma das figuras mais populares do Uruguai,disse que era "uma honra" contar com Rodríguez,que nas eleições gerais de 27 de outubro será candidata ao Senado em segundo lugar na lista da agrupação liderada pelo ex-presidente.

No ato,Mujica se sentou ao lado de sua esposa,a ex-vice-presidente Lucía Topolansky. E perto deles estava sua médica,Raquel Pannone,que mais cedo havia informado à imprensa sobre a alta de Mujica,após ser internado na tarde de segunda-feira por problemas renais.

Mujica,que foi diagnosticado com câncer de esôfago no início de maio e submetido à radioterapia até 16 de junho,estava recebendo soro em casa desde sexta-feira,segundo a médica.

— As consequências da radioterapia fizeram com que ele tivesse dificuldade para se alimentar e ingerisse menos líquidos. Isso piorou a função renal — explicou Pannone.

"Ele está frágil",afirmou,mas mostrou-se otimista quanto à recuperação do ex-presidente,apesar de sua idade avançada e da insuficiência renal e vasculite que também enfrenta.

'Sem evidências' do câncer

— Temos fortes convicções de que o câncer foi curado — afirmou Pannone,destacando que várias tomografias e uma fibrogastroscopia não mostraram evidências do tumor: — Todos os sinais indicam que a evolução foi boa",acrescentou.

Pannone disse que Mujica perdeu peso e massa muscular,mas "de forma alguma" está em situação de desnutrição.

"Ele tem patologias de base e isso o deixa mais fraco,mais debilitado. Mas se conseguirmos que ele beba água e se recupere,isso vai melhorar",assegurou,acrescentando que o câncer "foi tratado e não é o problema atual".

Pannone destacou que,no que diz respeito ao ânimo,Mujica "não está nos seus melhores momentos",mas continua "muito lúcido como sempre".

E ressaltou que "não há internação domiciliar".

Questionada sobre como Topolansky,uma ex-guerrilheira de 79 anos que chegou a ser vice-presidente pelo FA entre 2017 e 2020,está lidando com a situação,Pannone disse que ela "está bem de saúde",embora o que está vivendo seja "muito desgastante".

"Isso exige dela também um esforço maior e a afastou um pouco da atividade política,mas ela continua muito ativa como sempre",indicou.

Da chácara nos arredores de Montevidéu,onde o casal vive,Mujica falou sobre sua saúde em uma entrevista publicada na sexta-feira pelo jornal americano The New York Times.

"Fizeram um tratamento com radiologia. Segundo os médicos,correu bem,mas eu estou acabado",contou.

E acrescentou: “A vida é maravilhosa. Com todas as suas peripécias,amo a vida. E estou perdendo-a porque estou na época de partir”.

Mujica,que nos anos 1960 e 1970 pegou em armas com o movimento Tupamaros contra governos democráticos e passou 13 anos preso,a maior parte durante a ditadura cívico-militar (1973-1985) e em condições desumanas,celebrou em 30 de junho a vitória de seu afilhado político,Yamandú Orsi,como candidato presidencial do FA.

No domingo passado,ele enviou uma mensagem gravada,divulgada nas redes sociais,incentivando os membros do Frente Amplo a intensificar a militância para voltar ao poder em 2025.

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