Brasil e Colômbia querem checagem de atas por governo de Maduro e oposição da Venezuela

2024-08-26 HaiPress

O presidente Lula e o presidente colombiano Gustavo Petro em Bogotá — Foto: Ricardo Stuckert / PR

RESUMO

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GERADO EM: 26/08/2024 - 04:02

Brasil e Colômbia apoiam checagem de atas eleitorais na Venezuela,Lula e Petro pressionam por transparência

Brasil e Colômbia apoiam checagem de atas eleitorais na Venezuela por representantes de Maduro e oposição,não por auditoria independente. Lula e Petro não reconhecem eleição de Maduro sem transparência. Pressionados,articulam solução pacífica. Petro enfrenta mais pressão devido ao alto número de refugiados venezuelanos na Colômbia.

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Ao contrário do que defendem atores internacionais,como a União Europeia,os governos do Brasil e da Colômbia avaliam que a checagem das atas eleitorais na Venezuela deve ser feita por representantes do presidente Nicolás Maduro e da oposição,e não por uma auditoria independente. Segundo um importante interlocutor da área diplomática,a averiguação,se ocorrer,terá de resultar de um entendimento entre os venezuelanos e de forma imparcial.

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro divulgaram uma nota,na noite de sábado,sobre a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano,que na semana passada validou a eleição de Maduro em 28 de julho último. Lula e Petro cobraram transparência e deixaram claro que não reconhecem o resultado,enquanto os boletins de urna,que mostram como foi a votação no país,não forem apresentados.

Logo após a eleição,Maduro foi proclamado presidente eleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A oposição afirmou que houve fraude eleitoral e que seu candidato,Edmundo González,havia sido o vencedor. O CNE encaminhou o caso ao TSJ do país,que deu sua sentença.

Na sexta-feira,os Estados Unidos,a União Europeia e mais dez países da América Latina,além da Organização dos Estados Americanos (OEA),rejeitaram a decisão do TSJ de respaldar a vitória de Maduro. Brasil e Colômbia quebraram o silêncio no sábado.

Pressionados interna e externamente para subirem o tom com o venezuelano Nicolás Maduro,Lula e Petro articulam novos movimentos,ao longo desta semana,em busca de uma solução pacífica para a crise no país vizinho. Interlocutores que acompanham de perto o assunto afirmam que os dois líderes estão em "total sintonia",apesar das dificuldades.

Um graduado diplomata que acompanha de perto a estratégia dos dois presidentes afirmam que "ambos entendem seu papel neste momento delicado". No caso de Gustavo Petro,a pressão ainda é maior porque a Colômbia é o país que mais recebeu venezuelanos que saíram do país por causa do regime chavista,e a sociedade cobra medidas mais assertivas.

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