Prefeito de BH nega mágoas com Kalil e diz que irá procurar Lula e até mesmo Zema em eventual segundo turno

2024-08-24 HaiPress

O presidente Lula ao lado do prefeito de Belo Horizonte,Fuad Noman; o governador de Minas Gerais,Romeu Zema — Foto: Reprodução e Brenno Carvalho/ Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 24/08/2024 - 04:31

Prefeito de BH busca união política para segundo turno com Lula e Zema

O prefeito de BH,Fuad Noman,busca união política para um eventual segundo turno,incluindo procurar Lula e Zema. Ele não demonstra mágoas com apoios a adversários e valoriza alianças para sua campanha. Noman também destaca boa relação com Zema,mesmo apoiando candidato rival. Nas pesquisas,está empatado tecnicamente com outros candidatos,enquanto Tramonte lidera. Avanços significativos foram registrados,mas ainda há 41% de desconhecimento sobre o prefeito.

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Candidato à reeleição em Belo Horizonte,o prefeito Fuad Noman (PSD) diz valorizar as alianças políticas que conquistou para a sua campanha e vê como águas passadas as negociações que não vingaram. Com uma coligação formada por seis partidos — do União Brasil à federação PSDB/Cidadania — negou qualquer mágoa em relação aos apoios do ex-prefeito Alexandre Kalil e do presidente Lula (PT) a outros candidatos.

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Após ter herdado a prefeitura em março de 2022,quando Kalil renunciou a gestão para concorrer ao governo do estado contra Romeu Zema (Novo),era esperado que o ex-prefeito desse sustentação a sua reeleição. Há cerca de um mês,contudo,Kalil deixou o PSD e se filiou ao Republicanos,onde abraçou a candidatura do deputado estadual Mauro Tramonte.

Ao GLOBO,Fuad nega qualquer sentimento de decepção em relação à postura de seu antigo aliado e diz entender a movimentação como um gesto político,sem fundo pessoal.

— Eu entendo o ex-prefeito,ele é uma liderança querendo espaço em 2026. Não fiquei decepcionado não,gosto do prefeito Kalil,foi uma decisão política. Eu tenho o apoio do PSD,de seis partidos,não preciso reclamar muito — disse o prefeito,que também demonstrou gratidão — Sei que ele sabe que fui importante em seu governo e eu só sou prefeito porque ele me escolheu de vice.

Outro apoio que não teve e pleiteou foi o do presidente Lula (PT),que apoia o deputado federal petista Rogério Correia. Apesar da negativa neste primeiro confronto,o prefeito diz que pretende se aliar ao PT em um eventual segundo turno e chega a citar que também procuraria o governador Romeu Zema.

— Eu quero dizer que eu apoiei o presidente Lula na eleição passada,mas em momento nenhum pedi contrapartida nas eleições de Belo Horizonte. Quando o PT resolveu lançar um candidato,eu respeitei. Se eu for ao segundo turno,eu buscarei todas as forças que não estiverem. Se o presidente Lula não tiver candidato,quero o apoio dele. Mas se o governador não tiver,eu também vou buscar o apoio dele. Isso é natural,num segundo turno,a união das forças — pontuou.

Hoje também ao lado de Mauro Tramonte,Romeu Zema e Fuad Noman nunca foram aliados políticos. Apesar disso,o prefeito chama o governador de "simpático" e considera a relação entre os dois "ótima".

— Minha relação com o governador é muito boa. Ele é muito simpático e tem nos ajudado no que é possível. Eu não tenho ideologia,minha ideologia é Belo Horizonte. Ele está apoiando outro candidato,o que é natural e faz parte da eleição política,mas quando falamos de prefeitura e governo do estado,a harmonia é plena — finaliza.

Segundo o último Datafolha,divulgado nesta quinta-feira,o prefeito Fuad Noman tem 10% das intenções de voto e aparece empatado tecnicamente com outros quatro candidatos. Quem lidera a disputa é o candidato de Zema e Kali,Mauro Tramonte,com 27%.

Em relação à última amostra,divulgada em julho,o prefeito obteve avanços significativos — conseguiu reduzir sua rejeição na capital e aumentar o conhecimento em torno de seu nome. Ainda assim,41% dos belo-horizontinos dizem não conhecê-lo.

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