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Vape e cigarro: a combinação de ambos aumenta o risco de câncer de pulmão em quatro vezes, diz estudo
2024-08-20 HaiPress
A adição do vape ao cigarro foi associada ao desenvolvimento de câncer de pulmão — Foto: Freepik
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 20/08/2024 - 04:30
Risco do Uso Combinado de Vape e Cigarro no Câncer de Pulmão
Estudo aponta que combinar vape e cigarro aumenta risco de câncer de pulmão em 4 vezes,sendo 8 vezes mais comum em pacientes com câncer. Pesquisadores alertam sobre aceleração do risco. Uso de cigarros eletrônicos preocupa,especialmente entre jovens. Tabagismo é responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil. Anvisa proíbe cigarros eletrônicos no país. Câncer de pulmão é o mais letal globalmente,com 2,5 milhões de novos casos e 1,8 milhões de óbitos em 2022.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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A crescente preocupação com o uso contínuo de cigarros eletrônicos e as suas consequências acendeu o alerta sobre o que acontece quando ele é combinado com o vício em tabaco. Como resultado,pesquisadores americanos encontraram evidências de que a combinação dos dois aumenta o risco de câncer de pulmão em quatro vezes.
A pesquisa,publicada na revista científica Journal of Oncology Research and Therapy,também descobriu que o vício combinado era oito vezes mais comum em pessoas com câncer de pulmão em comparação ao grupo de controle de pessoas sem câncer de pulmão.
“Os resultados sugerem que a adição de vaping ao tabagismo acelera o risco de câncer de pulmão”,escreveram os autores do estudo.
Para este estudo,foram analisadas 4.975 pessoas com câncer de pulmão em comparação com um grupo de controle de 27.294 pessoas sem câncer. Todos os participantes,moradores de Ohio,nos Estados Unidos,tinham a mesma distribuição de idade,gênero e raça.
"De uma perspectiva de saúde pública,sempre nos preocupamos com o uso duplo de produtos tradicionais e de cigarro eletrônico. Este estudo apresenta evidências claras mostrando que vaporizar,além de fumar,pode aumentar o risco de câncer de pulmão. Isso é especialmente preocupante,dada a taxa de jovens e adultos jovens usando esses produtos",disse a autora principal Marisa Bittoni,pesquisadora da divisão de oncologia médica da Faculdade de Medicina,em comunicado.
Enquanto os cigarros tradicionais são utilizados há décadas,o cigarro eletrônico,com origem mais recente,chamou atenção como “novidade” principalmente do público mais jovem. De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE),realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019,16,8% dos adolescentes de 13 a 17 anos já utilizaram o vape.
Enquanto na faixa etária de 18 a 24 anos,a pesquisa Covitel,do ano passado,mostrou um percentual de 23,9% e a principal motivação,para 20,5% dos entrevistados,foi “experimentar/curiosidade”.
Em abril deste ano,a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vetou a produção,distribuição,armazenamento e transporte dos cigarros eletrônicos em território nacional. Essa medida foi um endurecimento das normas que proíbem a comercialização destes aparelhos desde 2009.
Câncer de pulmão é o mais letal
Apenas no Brasil,o tabagismo é responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão,segundo estudos da Fundação do Câncer. A nível global,de acordo com a Organização Mundial de Saúde,o câncer de pulmão é o mais comum e o mais letal no mundo,tendo provocado 2,5 milhões de novos casos,e 1,8 milhões de novo óbitos,em 2022.
Contudo,o consumo contínuo do tabaco está associado a diversos outros tipos de câncer,localizados no pulmão,cavidade oral,laringe,faringe,esôfago,pâncreas,estômago,fígado,rim,bexiga,entre outros.