Mais recentes
-
Pacote fiscal gera crise interna na bancada do PT e desgasta relação do governo com PSOL
-
Ciência do Chope: pesquisa sobre copo ideal para cerveja surgiu em ida à piscina, conta professor
-
Protagonista da série 'Sutura', Humberto Morais fará nova novela de Rosane Svartman
-
Exoneração expõe insatisfação com esforços do governo Lula para frear crise sanitária em reservas indígenas
Proposta de serviços mínimos para greve da easyJet é "desproporcional"
2024-08-09 HaiPress
Num comunicado aos associados,a que a Lusa teve acesso,a estrutura sindical disse que decorreu esta terça-feira,na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) "uma reunião tendo em vista a negociação de acordo quanto aos serviços mínimos".
Segundo o sindicato,a proposta de serviços mínimos apresentada pela easyJet é "manifestamente desproporcional e violadora do princípio constitucional do direito à greve".
Assim,assegurou,"dos 308 voos programados para os dias 15,16 e 17 de agosto,a easyJet já cancelou 164 voos (53%)",restando "144 voos,dos quais a easyJet propõe 124 para serviços mínimos - 86%".
Para o SNPVAC,"qualificar este número de voos pretendidos pela easyJet,como serviços mínimos é manifestamente exagerado",acrescentando que,no que diz respeito a direitos de passageiros,"a easyJet é a primeira a não defender os seus interesses,pelos vários cancelamentos a que assistimos diariamente por falta de tripulação ou número excessivo de horas de trabalho".
O sindicato assegurou que "o grande argumento da perda de voos de ligação nos dias da greve é facilmente refutado pelo número de voos alternativos disponíveis,oferecidos por outras companhias",refutando que a duração da greve "seja excessiva ou demasiado pesada (3 dias) tendo em conta que o Verão IATA é contabilizado de 01 de abril a 31 de outubro".
O SNPVAC disse ainda que a "easyJet,sempre alegou,como argumento para não oferecer rotatividade de escalas no Natal,que todos os dias do ano são dias operacionais iguais e com o mesmo valor",referindo que não entende "o tratamento diferenciado que agora alega em relação aos passageiros".
"Desta forma,a salvaguarda do direito de deslocação/ movimentação,não pode ser transformada num limite que anule o exercício de greve",salientou,referindo que conta com "a razoabilidade das entidades responsáveis na atribuição dos serviços mínimos,não abdicando o SNPVAC de todos os meios previstos ao seu alcance como forma de protesto na defesa dos melhores interesses" dos associados.
O sindicato convocou três dias greve de tripulantes de cabine na easyJet,entre 15 e 17 de agosto,acusando a empresa de ignorar as várias tentativas de resolução de questões laborais.
Segundo o pré-aviso de greve enviado pelo sindicato ao Ministério do Trabalho e à companhia aérea,a paralisação tem início às 00:01 do dia 15 de agosto e fim às 24:00 de dia 17,para "todos os voos realizados pela easyJet,bem como para os demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos",em território nacional.
A greve foi aprovada em assembleia geral,com 99% de votos a favor.