Wembley pode inspirar um Maracanã sem o Flamengo

2024-06-26 HaiPress

Wembley recebe poucos jogos no ano,como da seleção inglesa — Foto: Henry Nicholls/AFP/07.06.2024

RESUMO

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GERADO EM: 26/06/2024 - 04:15

O Futuro do Maracanã com Flamengo e Fluminense

O futuro estádio do Flamengo pode impactar o Maracanã,que será administrado junto com o Fluminense. O estádio do rubro-negro pode perder relevância com menos jogos,enquanto o Maracanã busca se reinventar como palco de megaeventos e sede da seleção brasileira. A parceria com a CBF para um museu do futebol é cogitada. A gestão conjunta com o Fluminense enfrenta desafios,mas o governador do Rio pede que o Flamengo continue utilizando o estádio. A movimentação no cenário do futebol carioca traz incertezas e possíveis mudanças para o Maracanã.

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O futuro estádio do Flamengo só deve realmente tomar corpo em cinco anos. Porém,a notícia da provável compra do terreno foi o suficiente para que uma questão surgisse: Como ficará o Maracanã sob administração do rubro-negro pelos próximos 20 anos junto com o Fluminense?

Ainda que seja um problema de médio prazo,já fica no ar um temor de mais uma mudança de dono do principal estádio do país — vale lembrar que após as denúncias da Operação Lava-Jato,a Odebretch devolveu o equipamento ao Estado e a nova licitação se arrastou por anos.

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O rubro-negro,que teve a vitória homologada na licitação no início deste mês,não se preocupa com o tema no momento. Internamente,o presidente do Flamengo,Rodolfo Landim,disse recentemente a conselheiros,segundo o site Mundo Rubro-Negro,que o clube continuará a gerir o Maracanã durante o período da concessão.

Ele alega que o Fluminense já garante o mínimo de jogos necessários para sustentar o estádio. O Maracanã também poderá receber outros tipos de eventos em outras datas que o Flamengo não o utilizar. Além de receber jogos de outros times,como o Vasco,que nos próximos anos deve reformar São Januário.

No edital da licitação,exigia-se um mínimo de 25 jogos. Porém,para obter maior pontuação,o consórcio Fla-Flu comprovou que poderia realizar até 77 partidas por ano.

Nos bastidores,o governador do Rio,Cláudio Castro,já apelou ao clube para que siga utilizando o estádio. O pedido é para que a concessão seja respeitada com a utilização em um número mínimo de jogos. Nem que eles sejam mais esporádicos,em revezamento com o Fluminense. Procurados,o Governo do Estado e a Casa Civil não se pronunciaram oficialmente.

Os dirigentes tricolores também já tiveram uma primeira conversa com o Flamengo a respeito do futuro da concessão — o Fluminense tem 35% dos custos e lucros e hoje não teria condições de gerir o estádio sozinho. Mas a discussão sobre a gestão do Maracanã só acontecerá quando a arena do rubro-negro realmente sair do papel,após 25% do tempo de contrato já terá passado.

Impactos imediatos

Fontes ouvidas pela reportagem,no entanto,concordam que assim que o estádio do Flamengo for inaugurado,o Maracanã perderá seu principal ativo. Afinal,os maiores públicos e rendas do futebol brasileiro,atualmente,são do rubro-negro.

A notícia recente também pode impactar em negociações de publicidade,camarotes e hospitalidade a longo prazo,uma vez que o estádio receberá menos jogos do rubro-negro daqui a cinco anos. Quem pretende colocar sua marca no Maracanã pode pensar duas vezes e rever os valores diante do novo cenário.

Um futuro possível para o Maracanã seria algo semelhante ao que foi feito com Wembley,que atualmente recebe finais de algumas copas tradicionais (FA Cup e Copa da Liga Inglesa),jogos de times locais,tornou-se o principal palco de megaeventos e shows em Londres,recebeu recentemente a final da Champions League,e é a casa da seleção da Inglaterra,sempre lotada nos jogos masculinos e femininos. Uma parceria com a CBF já foi cogitada há alguns anos para a construção de um grande museu do futebol. Porém,transformá-lo em lar da seleção brasileira esbarraria nas questões políticas da entidade que precisa agradar diversas federações.

— Acredito que com acertos equilibrados e compartilhamento de receitas,utilizar esses espaços já existentes ainda seja um formato bem-vindo para todos os envolvidos — afirma Anderson Nunes,head de Negócios da Casa de Apostas,que adquiriu os naming rights da Arena Fonte Nova,em Salvador,e da Arena das Dunas,em Recife.

Procurados pela reportagem,Vasco — que participou da licitação ao lado da WTorre e perdeu — e Botafogo não se pronunciaram.

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